Quando a solidão muito me afligia, tentei buscar,
cheio de esperança, uma amizade sincera na internet. Então, adentrei, através do
meu computador, nessa imensa rede (de intrigas, isso, descobriria em seguida).
Cheio de boas intenções, frequentei salas
desconhecidas e obscuras. Nelas, encontrei seres bizarros, tanto no nome quanto nas ideias e palavras.
Quando já sofria com mais uma eventual decepção, deparei-me com um ser que, aparentemente, mostrou-se amigável. Foram longos
minutos de diálogo, nos quais trocamos opiniões, vivências e e-mails.
Sem demora, logo lhe escrevi, já que a ansiedade de
manter contato era imensa. Mandei palavras ternas, mas não obtive respostas até
hoje! Pura ingratidão de quem não tem consideração pelas novas amizades, muito menos pelas virtuais.
Hoje, sinto-me mais triste e solitário que antes, uma vez que tomei consciência de que as amizades virtuais sempre acabam, assim que desligamos os nossos computadores. Por isso, digo, com convicção, que a falsidade e a ingratidão, assim como nas amizades reais, também deixam profundas cicatrizes em quem se deixou cativar virtualmente.
Criado em: 27/06/2000 Autor: Flavyann
Di Flaff
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