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INSEGURANÇA INFANTOJUVENIL

De repente, estava gostando de ti. Fiz dos meus gestos e palavras, armas para te seduzir, às vezes, parecias estar cedendo, mas ao sentir o meu toque, fugias.

Quando te propus ações mais ousadas, como naquele dia em que te pedi um beijo (um não, vários!), as negaste sempre! Porém, como posso acreditar que me rejeitas, se os teus olhos refletem a verde esperança, que tanto tenho de, um dia, estarmos juntos.

Por não te entender, é que me deixo ser atraído por tua face − cor do algodão; por teus olhos − cor do mar; por teu sorriso − cor da paz; e, por fim, pelo teu jeito de ser − traquinas como criança.

Sentirei tua falta, chorarei ao lembrar que partiste, mas sorrirei a cada encontro que o destino me proporcionar contigo. Enquanto isso não acontece, acalentarei a imensa saudade que já me consome, com a lembrança da tua aprazível presença.

Continuarei agindo como se fosse, apenas, o teu melhor amigo. Contudo, sabendo, que, no fundo do meu e do teu ser, uma grande paixão sempre quis brotar e florescer. Só que ela fora impedida de vingar, devido a tua insegurança infantojuvenil. 

Criado em: 16/06 a 18/06/1997 Autor: Flavyann Di Flaff

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