São pensamentos diversos que surgem a cada
segundo. Todos eles feitos, desfeitos e refeitos, devido a uma indisfarçável e
bem aparente insegurança. Inúmeros planejamentos que sempre esbarram nas muitas
hipóteses do comportamento de outrem. Nas quais, nem sempre, uma primeira e
simpática ação nossa corresponde a uma idêntica reação do outro.
Todos os sentidos ficam na eterna busca da calmaria interior. Mas, como sempre, permanecem atolados no caos da ansiedade. É uma sudorese infinita a jorrar e regar as expectativas de um encontro, já em andamento. Os olhos ficam perdidos na imensidão do local combinado, porém sempre atentos a quem passa, para dar a certeza da tão esperada chegada alheia. Quando, enfim, chega quem tanto se esperava. Consuma-se o estopim do explosivo barril de coisas, que sempre antecedem a um encontro com um novo e estranho ser. Logo as palavras surgem partidas, os assuntos são vagos, os olhos tentam fitar o outro olhar, sempre retornando aos céus ou ao chão. São diálogos confusos na vã tentativa de quebrar o embaraço inicial, que nada conseguem expressar. Quando tudo vai se acalmando, depois de um bom tempo perdido, quem era estranho, agora, faz-se íntimo. Sendo logo incorporado ao cotidiano de quem lhe conheceu, findando por se render à simpatia desse que o cativou.
Criado em: 29/09/2001 Autor: Flavyann
Di Flaff
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