Pular para o conteúdo principal

TENTANDO O RETORNO

Larguei a minha condição de imortal e fugi do meu lar etéreo, para realizar um louco sonho, real, carnal. Por que só descobrimos que demos muito em troca de nada, quando não há mais tempo e nem jeito para recuperarmos o que perdemos? Como é injusta essa vida terrena!

Por que os seres humanos são tão vis, quando dizem respeito a relacionamento? Por que são tão cheios de terceiras intenções, quando se interessam por alguém, sendo que só bastaria uma única e sincera atitude para a conquista?

Dei o que de mais valor eu tinha, em prol de um relacionamento que pouco durou, mas que deixou uma imensa e irrecuperável saudade. Não sei o que irei fazer para reaver a minha imortalidade e retornar ao meu etéreo lar. Entretanto, se for necessário ficar de joelhos diante do Supremo Criador, isso farei, sem hesitar. Uma vez que sei que Ele é misericordioso e o perdão foi criado para ser dado a todo ser humano que reconhece seus erros. Essa condição é a que me encontro. 

Criado em: 04/03/2001 Autor: Flavyann Di Flaff


Texto inspirado no filme “Cidade dos Anjos”

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

ANDAR NA LINHA

  Quem se disfarçar por entrelinhas, um dia, o trem pegará!   Flavyann Di Flaff      03/10/2020

ILUSIONISTA DO AMOR

  O amante é um ilusionista que coloca a atenção do outro no ponto menos interessante, levando o ser amado a se encantar com o desinteressante. Quando o amante se vai, o amado age como um apostador, que, diante da iminência da perda, se desespera e tenta recuperar o que já foi. Mas, ao invés de encontrar o amor perdido, encontra apenas o reflexo de sua própria carência, como quem busca ouro em espelhos quebrados. Restando, então, ao amado, o desafio de enfrentar o vazio, reconhecer a ilusão e descobrir, enfim, que o verdadeiro amor começa, quando cessa a necessidade de iludir ou de ser iludido. Criado em : 14/11/2024 Autor : Flavyann Di Flaff

MUNDO SENSÍVEL

  E toda vez que eu via, ouvia, sorria, sorvia, sentia que vivia. Então, veio um sopro e a chama apagou.   Criado em : 17/01/2025 Autor : Flavyann Di Flaff