Pular para o conteúdo principal

INSENSIBILIDADE


Ah, como gostaria de saber que através daquele buquê de rosas que te mandei, conseguiste imaginar o quanto estou apaixonado por ti! Como seria bom se tal presente despertasse em ti, o mesmo que estou a sentir.
Gostaria que ao invés de só receber os teus agradecimentos, recebesse também, os teus tão desejados beijos. Como desejaria saber que, quando recebeste as rosas, não revelaste o meu feito para ninguém! Mas como toda a adolescente que se empolga com o surgir de um amor, sempre abre uma exceção àquela melhor e mais íntima amiga, para contar o seu segredo.
Gostaria que esse buquê fosse mais que um gesto comum, que fosse o símbolo de uma amizade que virou paixão! Porém, hoje, percebo que a realidade é outra, que as garotas parecem não ter nenhuma sensibilidade. Elas simplesmente desprezam aqueles que se revelam de forma gentil e galanteadora.
Confesso que fiquei triste por saber que rejeitaste a minha paixão ofertada a ti em forma de belos botões de rosas vermelhas. Mas espero que esse teu desprezo tenha sido só para com a minha ação e que não se estenda à minha pessoa. Já que para quem pouco amou na vida, a insensibilidade e o desprezo magoam muito o coração.

Criado em: 16/07/1997 Autor: Flavyann Di Flaff

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

ANDAR NA LINHA

  Quem se disfarçar por entrelinhas, um dia, o trem pegará!   Flavyann Di Flaff      03/10/2020

ILUSIONISTA DO AMOR

  O amante é um ilusionista que coloca a atenção do outro no ponto menos interessante, levando o ser amado a se encantar com o desinteressante. Quando o amante se vai, o amado age como um apostador, que, diante da iminência da perda, se desespera e tenta recuperar o que já foi. Mas, ao invés de encontrar o amor perdido, encontra apenas o reflexo de sua própria carência, como quem busca ouro em espelhos quebrados. Restando, então, ao amado, o desafio de enfrentar o vazio, reconhecer a ilusão e descobrir, enfim, que o verdadeiro amor começa, quando cessa a necessidade de iludir ou de ser iludido. Criado em : 14/11/2024 Autor : Flavyann Di Flaff

MUNDO SENSÍVEL

  E toda vez que eu via, ouvia, sorria, sorvia, sentia que vivia. Então, veio um sopro e a chama apagou.   Criado em : 17/01/2025 Autor : Flavyann Di Flaff