Pular para o conteúdo principal

INSENSIBILIDADE


Ah, como gostaria de saber que através daquele buquê de rosas que te mandei, conseguiste imaginar o quanto estou apaixonado por ti! Como seria bom se tal presente despertasse em ti, o mesmo que estou a sentir.
Gostaria que ao invés de só receber os teus agradecimentos, recebesse também, os teus tão desejados beijos. Como desejaria saber que, quando recebeste as rosas, não revelaste o meu feito para ninguém! Mas como toda a adolescente que se empolga com o surgir de um amor, sempre abre uma exceção àquela melhor e mais íntima amiga, para contar o seu segredo.
Gostaria que esse buquê fosse mais que um gesto comum, que fosse o símbolo de uma amizade que virou paixão! Porém, hoje, percebo que a realidade é outra, que as garotas parecem não ter nenhuma sensibilidade. Elas simplesmente desprezam aqueles que se revelam de forma gentil e galanteadora.
Confesso que fiquei triste por saber que rejeitaste a minha paixão ofertada a ti em forma de belos botões de rosas vermelhas. Mas espero que esse teu desprezo tenha sido só para com a minha ação e que não se estenda à minha pessoa. Já que para quem pouco amou na vida, a insensibilidade e o desprezo magoam muito o coração.

Criado em: 16/07/1997 Autor: Flavyann Di Flaff

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

LOOP FARAÔNICO

  De um sonho decifrado ao pesadelo parafraseado. A capa que veste como uma luva se chama representatividade, e a muitos engana, porque a vista turva. Ao se tornar conveniente, perde toda humanidade. Os sete anos de fartura e os de miséria, antes, providência pedagógica, hoje mensagem ideológica, tornando o que era sério em pilhéria. A fartura e a miséria se prolongam, como em uma eterna praga sem nunca ter uma solução na boca de representantes que valem nada. O Divino dá a solução, e esses homens nada fazem, deixando o povo perecer num infinito sofrer, pois, basta representar, para fortunas obterem. E, assim, de dois em dois anos, os sete se repetem, como num loop infinito de fartura de enganos.   Criado em : 1/6/2025 Autor : Flavyann Di Flaff

ILUSIONISTA DO AMOR

  O amante é um ilusionista que coloca a atenção do outro no ponto menos interessante, levando o ser amado a se encantar com o desinteressante. Quando o amante se vai, o amado age como um apostador, que, diante da iminência da perda, se desespera e tenta recuperar o que já foi. Mas, ao invés de encontrar o amor perdido, encontra apenas o reflexo de sua própria carência, como quem busca ouro em espelhos quebrados. Restando, então, ao amado, o desafio de enfrentar o vazio, reconhecer a ilusão e descobrir, enfim, que o verdadeiro amor começa, quando cessa a necessidade de iludir ou de ser iludido. Criado em : 14/11/2024 Autor : Flavyann Di Flaff

O JOGO DA VIDA

O jogo da vida é avaliado sob quatro perspectivas: a de quem já jogou e ganhou e desfruta da vitória, a de quem acabou de entrar, a de quem está jogando e a de quem jogou, perdeu e tem que decidir se desiste ou segue jogando. Quem jogou e ganhou, desfruta os louros da vitória, por isso pode assumir a postura que mais lhe convier diante da vida. Quem acabou de entrar no jogo, chega cheio de esperança e expectativas, que logo podem ser confirmadas ou frustradas, levando-o a ser derrotado ou a pedir para sair, permanecendo à margem, impotente diante da vida. Quem está jogando, sente a pressão da competição e, por isso, não se deixa levar por comentários de quem só está na arquibancada da vida, sem coragem de lutar. Quem jogou e perdeu, sente todo o peso das cobranças sociais pelo fracasso, por isso não se permite o luxo de desistir, pois sabe que tem que continuar jogando, seja por revolta, seja para se manter vivo nessa eterna disputa. Criado em: 20/11/2022 Autor: Flavyann Di Flaff