Pular para o conteúdo principal

DESCOBRINDO TARDE DEMAIS

Por que fui apaixonar-me, logo por ti? És tão jovem ainda, que pouco sabes ou conheces sobre o amor. Como ainda estás a descobrir as inúmeras facetas do amor, sofro, em silêncio, a cada paixão platônica ou quase real que possuis ou conquistas. Pois nunca faço parte dela.

Tuas paixões, romances ou pequenos flertes se sucedem de uma forma tão avassaladora, que não te posso afirmar se, agindo assim, conseguirás alguma experiência em relação ao amor. Mas te digo uma coisa: Agindo dessa maneira me machucas muito. A paixão que sinto por ti e que tinha tudo para virar amor, logo se dissipará.

Espero que esta tua louca ânsia por conhecimentos no campo das ações amorosas, não te faça cometer algumas ações, que podem deixar marcas negativas para toda a vida. Digo-te ainda: Quero que saibas que ainda te espero, só não sei até quando. Posto que o tempo é faca de dois gumes, tanto pode fazer essa paixão que sinto aumentar, como pode fazê-la findar para sempre.

Quando, enfim, colocares rédeas curtas neste teu ímpeto por experimentais descobertas e começares a observar atentamente ao teu redor. Irás ver um alguém que sempre te olhou com ternura e que esperou constantemente pelo teu devido reconhecimento, e nunca foste capaz de dá-lo. Uma vez que estiveste sempre envolvida em falsas e passageiras paixões.

Criado em: 07/04/1998 Autor: Flavyann Di Flaff

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

MUNDO SENSÍVEL

  E toda vez que eu via, ouvia, sorria, sorvia, sentia que vivia. Então, veio um sopro e a chama apagou.   Criado em : 17/01/2025 Autor : Flavyann Di Flaff

ILUSIONISTA DO AMOR

  O amante é um ilusionista que coloca a atenção do outro no ponto menos interessante, levando o ser amado a se encantar com o desinteressante. Quando o amante se vai, o amado age como um apostador, que, diante da iminência da perda, se desespera e tenta recuperar o que já foi. Mas, ao invés de encontrar o amor perdido, encontra apenas o reflexo de sua própria carência, como quem busca ouro em espelhos quebrados. Restando, então, ao amado, o desafio de enfrentar o vazio, reconhecer a ilusão e descobrir, enfim, que o verdadeiro amor começa, quando cessa a necessidade de iludir ou de ser iludido. Criado em : 14/11/2024 Autor : Flavyann Di Flaff

ALICIADORES DA REBELDIA

         Nasce no asfalto quente, entre gritos roucos e cartazes mal impressos, o suspiro inaugural de um movimento popular. É frágil, mas feroz feito chama acesa em palha seca. Ninguém lhe dá ouvidos; zombam de sua urgência, ignoram sua fome de justiça. É criança rebelde pulando cercas, derrubando muros com palavras – ferramentas de resistência.           Mas o tempo, esse velho sedutor, vai dando-lhe forma. E o que era sopro, vira vendaval. Ganha corpo, gente, força, rumo. A praça se enche. Os gritos, antes dispersos, agora têm coro, bandeira, ritmo, batida. E aí, justo aí, quando a verdade começa a doer nas vitrines do poder, surgem os abutres engravatados — partidos, siglas, aliados, palanques — com seus sorrisos de vitrine e suas promessas de espelho, instrumentalizam o movimento para capitalizar recursos e influência política, fazendo-o perder a essência.           Chegam mansos, como quem só...