Pular para o conteúdo principal

AOS SOBERBOS

O que esperar mais da vida, quando já temos a certeza do caminho a percorrer? E que prazer podemos ter, quando temos toda a segurança nesse mesmo caminhar? Na verdade, o bom da vida é poder correr riscos, é andar por caminhos ainda a serem desvendados e trilhados.

Nada sei a respeito das pessoas que possuem o dom de já conhecerem, com tamanha segurança, os caminhos que virão. Mas tenho certeza de uma coisa, que tais pessoas poderão ser dobradas pelas surpresas do destino que rege todas as vidas desse nosso planeta, e quando isso ocorrer, ainda resistirão em aceitar tal fato, já que estarão sob o domínio da soberba de suas certezas inquestionáveis.

Mais cedo ou mais tarde procurarão por ajuda, só não sei se neste momento, estarei por perto. Mesmo assim, prometo que, pelo menos, tentarei ser um bom e passivo espectador. Espero não ser visto como um sádico, porém como um aprendiz das diversas e distintas fases da vida, sejam elas, perfeitas ou não. Aprendizado, diga-se, de passagem, muito inspirador.

Depois desse relato, torço para não ter despertado a ira daqueles que, porventura, se encaixem no perfil por mim descrito. Uma vez que não foi a minha intenção, incitar essa reação.

Criado em: 04/03/2001 Autor: Flavyann Di Flaff


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

LOOP FARAÔNICO

  De um sonho decifrado ao pesadelo parafraseado. A capa que veste como uma luva se chama representatividade, e a muitos engana, porque a vista turva. Ao se tornar conveniente, perde toda humanidade. Os sete anos de fartura e os de miséria, antes, providência pedagógica, hoje mensagem ideológica, tornando o que era sério em pilhéria. A fartura e a miséria se prolongam, como em uma eterna praga sem nunca ter uma solução na boca de representantes que valem nada. O Divino dá a solução, e esses homens nada fazem, deixando o povo perecer num infinito sofrer, pois, basta representar, para fortunas obterem. E, assim, de dois em dois anos, os sete se repetem, como num loop infinito de fartura de enganos.   Criado em : 1/6/2025 Autor : Flavyann Di Flaff

ILUSIONISTA DO AMOR

  O amante é um ilusionista que coloca a atenção do outro no ponto menos interessante, levando o ser amado a se encantar com o desinteressante. Quando o amante se vai, o amado age como um apostador, que, diante da iminência da perda, se desespera e tenta recuperar o que já foi. Mas, ao invés de encontrar o amor perdido, encontra apenas o reflexo de sua própria carência, como quem busca ouro em espelhos quebrados. Restando, então, ao amado, o desafio de enfrentar o vazio, reconhecer a ilusão e descobrir, enfim, que o verdadeiro amor começa, quando cessa a necessidade de iludir ou de ser iludido. Criado em : 14/11/2024 Autor : Flavyann Di Flaff

O JOGO DA VIDA

O jogo da vida é avaliado sob quatro perspectivas: a de quem já jogou e ganhou e desfruta da vitória, a de quem acabou de entrar, a de quem está jogando e a de quem jogou, perdeu e tem que decidir se desiste ou segue jogando. Quem jogou e ganhou, desfruta os louros da vitória, por isso pode assumir a postura que mais lhe convier diante da vida. Quem acabou de entrar no jogo, chega cheio de esperança e expectativas, que logo podem ser confirmadas ou frustradas, levando-o a ser derrotado ou a pedir para sair, permanecendo à margem, impotente diante da vida. Quem está jogando, sente a pressão da competição e, por isso, não se deixa levar por comentários de quem só está na arquibancada da vida, sem coragem de lutar. Quem jogou e perdeu, sente todo o peso das cobranças sociais pelo fracasso, por isso não se permite o luxo de desistir, pois sabe que tem que continuar jogando, seja por revolta, seja para se manter vivo nessa eterna disputa. Criado em: 20/11/2022 Autor: Flavyann Di Flaff