Pular para o conteúdo principal

DE UM PROVÁVEL ENCONTRO

Hoje, chove aqui na cidade! Sorrateira, a melancolia faz a sua ronda costumeira, mas não me aflige. Em contrapartida, a solidão excita minha memória, fazendo-me lembrar de você, de forma simbólica, é claro, já que ainda não a conheço pessoalmente.
Acho incrível que, mesmo com a falta de um conhecimento mais profundo dela, a sua presença esteja tão forte em meu pensar. Talvez, isso se explique, devido a esta imensa vontade de lhe conhecer, que tanto possuo.
Na verdade, não tenho certeza de que chegaremos a nos conhecer, mesmo assim, não deixo de pensar e de acreditar nesta ínfima possibilidade. Creio que este provável e inesperado encontro, sempre esteve marcado, esperando, apenas, que confirmássemos e tomássemos a iniciativa para que ele pudesse ocorrer.
É com um leve pesar, que lembro que ele não aconteceu! Não sei por que motivos e nem convém discuti-los aqui. Tenho que reconhecer que sempre surgiram desculpas de ambas as partes, para que esse encontro nunca acontecesse, apesar de demonstrarmos um forte querer em nossos diálogos virtuais e fonados.
Quem sabe, um dia, quando estivermos munidos do mesmo interesse e vontade verdadeira, o aval do destino nos possibilite concretizar, finalmente, esse nosso provável encontro.

Criado em: 14/12/2000 Autor: Flavyann Di Flaff

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

LOOP FARAÔNICO

  De um sonho decifrado ao pesadelo parafraseado. A capa que veste como uma luva se chama representatividade, e a muitos engana, porque a vista turva. Ao se tornar conveniente, perde toda humanidade. Os sete anos de fartura e os de miséria, antes, providência pedagógica, hoje mensagem ideológica, tornando o que era sério em pilhéria. A fartura e a miséria se prolongam, como em uma eterna praga sem nunca ter uma solução na boca de representantes que valem nada. O Divino dá a solução, e esses homens nada fazem, deixando o povo perecer num infinito sofrer, pois, basta representar, para fortunas obterem. E, assim, de dois em dois anos, os sete se repetem, como num loop infinito de fartura de enganos.   Criado em : 1/6/2025 Autor : Flavyann Di Flaff

ILUSIONISTA DO AMOR

  O amante é um ilusionista que coloca a atenção do outro no ponto menos interessante, levando o ser amado a se encantar com o desinteressante. Quando o amante se vai, o amado age como um apostador, que, diante da iminência da perda, se desespera e tenta recuperar o que já foi. Mas, ao invés de encontrar o amor perdido, encontra apenas o reflexo de sua própria carência, como quem busca ouro em espelhos quebrados. Restando, então, ao amado, o desafio de enfrentar o vazio, reconhecer a ilusão e descobrir, enfim, que o verdadeiro amor começa, quando cessa a necessidade de iludir ou de ser iludido. Criado em : 14/11/2024 Autor : Flavyann Di Flaff

O JOGO DA VIDA

O jogo da vida é avaliado sob quatro perspectivas: a de quem já jogou e ganhou e desfruta da vitória, a de quem acabou de entrar, a de quem está jogando e a de quem jogou, perdeu e tem que decidir se desiste ou segue jogando. Quem jogou e ganhou, desfruta os louros da vitória, por isso pode assumir a postura que mais lhe convier diante da vida. Quem acabou de entrar no jogo, chega cheio de esperança e expectativas, que logo podem ser confirmadas ou frustradas, levando-o a ser derrotado ou a pedir para sair, permanecendo à margem, impotente diante da vida. Quem está jogando, sente a pressão da competição e, por isso, não se deixa levar por comentários de quem só está na arquibancada da vida, sem coragem de lutar. Quem jogou e perdeu, sente todo o peso das cobranças sociais pelo fracasso, por isso não se permite o luxo de desistir, pois sabe que tem que continuar jogando, seja por revolta, seja para se manter vivo nessa eterna disputa. Criado em: 20/11/2022 Autor: Flavyann Di Flaff