Pular para o conteúdo principal

É PRECISO ESTAR DISTANTE DE TI

Nada do que está acontecendo comigo faz sentido, pois já me disseram que não pensas mais em mim! Então, por que sinto que a tua lembrança me persegue? Ela parece um verdadeiro fantasma a me atormentar nos momentos em que estou só, em um canto qualquer da casa ou da cidade.

Nas horas de pura nostalgia, a lembrança do teu desprezo sempre me afligiu, por isso, reconheço que quis te odiar e me vingar. Sei que não era ódio verdadeiro, mas sim, um sentimento de não conformação com a tua perda, o que me motivava a ter tais desejos malignos e nada reconfortadores.

Sei que será difícil me livrar da lembrança desta paixão insana, uma vez que a tua imagem me atormenta e, ao mesmo tempo, faz-me ainda te querer. Portanto, devido a essa confusão interior, é melhor não te ver mais, fazendo-se necessário que eu fique bem distante de ti. Só assim o meu coração conseguirá, com a ajuda divina, dizer o que fazer para me esquecer de ti e ter ânimo para procurar uma nova companhia. 

Criado em: 04/09/1998 Autor: Flavyann Di Flaff


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

MUNDO SENSÍVEL

  E toda vez que eu via, ouvia, sorria, sorvia, sentia que vivia. Então, veio um sopro e a chama apagou.   Criado em : 17/01/2025 Autor : Flavyann Di Flaff

ILUSIONISTA DO AMOR

  O amante é um ilusionista que coloca a atenção do outro no ponto menos interessante, levando o ser amado a se encantar com o desinteressante. Quando o amante se vai, o amado age como um apostador, que, diante da iminência da perda, se desespera e tenta recuperar o que já foi. Mas, ao invés de encontrar o amor perdido, encontra apenas o reflexo de sua própria carência, como quem busca ouro em espelhos quebrados. Restando, então, ao amado, o desafio de enfrentar o vazio, reconhecer a ilusão e descobrir, enfim, que o verdadeiro amor começa, quando cessa a necessidade de iludir ou de ser iludido. Criado em : 14/11/2024 Autor : Flavyann Di Flaff

ALICIADORES DA REBELDIA

         Nasce no asfalto quente, entre gritos roucos e cartazes mal impressos, o suspiro inaugural de um movimento popular. É frágil, mas feroz feito chama acesa em palha seca. Ninguém lhe dá ouvidos; zombam de sua urgência, ignoram sua fome de justiça. É criança rebelde pulando cercas, derrubando muros com palavras – ferramentas de resistência.           Mas o tempo, esse velho sedutor, vai dando-lhe forma. E o que era sopro, vira vendaval. Ganha corpo, gente, força, rumo. A praça se enche. Os gritos, antes dispersos, agora têm coro, bandeira, ritmo, batida. E aí, justo aí, quando a verdade começa a doer nas vitrines do poder, surgem os abutres engravatados — partidos, siglas, aliados, palanques — com seus sorrisos de vitrine e suas promessas de espelho, instrumentalizam o movimento para capitalizar recursos e influência política, fazendo-o perder a essência.           Chegam mansos, como quem só...