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Mostrando postagens de outubro, 2022

PÓS-MODERNIDADE ELEITORAL

 

CELEBRAÇÃO DA AUTOINCOMPETÊNCIA

  Em homenagem à Crise ambiental e energética, ergueram um Belo Monte; Falta de uma educação como processo de conscientização do ser, o que geraria uma emancipação efetiva e coletiva, criaram mecanismos estatais que “suprem” as futuras gerações; Defasagem educacional, construíram uma ponte direta ao Templo do Saber; Ausência da Verdade, produziram sofismas libertadores; Banalização de nobres valores, produziram valores convenientemente descartáveis; Falta de entendimento do mundo simbólico, converteram os símbolos em meros adornos, penduricalhos convenientes... E assim, os gestores, de ontem e de hoje, em vez de solucionarem os problemas evidentes, homenageiam o imperdoável. Criado em: 14/10/2022 Autor: Flavyann Di Flaff

FALÊNCIA MÚLTIPLA

  Hoje, finalmente, me despeço! Digo adeus aos meus e a todo mundo que conheço.   A toda hora me despedia, desde o acordar até o dia findar, eu ia um pouco a cada dia.   Quando fazia aniversário, eram os anos que se faziam passar – enigma em forma de presságio.   O adeus de toda hora era uma despedida fracionada em momentos de hoje e de outrora.   Chegou a hora, não tem mais jeito! O que fiz está feito e não será desfeito! Essa é a minha despedida última, completando, em mim, a falência múltipla.   Criado em: 09/10/2022 Autor: Flavyann Di Flaff

SÚPLICA TARDIA

  No jardim dos meus tempos, surgiu uma bela flor. Com ares juvenis, branca era a sua cor. Olhos maduros, instintos apurados, assim eu vi aquele ser. Uma sanha, nas minhas entranhas, e um fogo começaram a arder.   Da matilha, o alfa. Diante do que via, a vontade que não passa. Porém, essa maldade, em si, não lhe cabia.   Assim, cedeu ao que a natureza lhe destinara. Na flor branca, intocada, investiu. Tocou o que, até ali, ninguém tocara. E diante do assédio, a inocência sucumbiu.   A consciência, em ambos, algo gerou. Por anos, a fera, por esse algo, foi atormentada, e não se sabe, na da flor, o que se passou. Desse fato, o que se sabe, é que a dor foi perpetuada.   Desde então, instalou-se a tauromaquia na fera. Nessa luta incessante para reverter o mal cometido, que vença o homem, quem me dera! Senão, o que me resta dele será abatido.   E sendo ele o vencedor, pelo arrependimento que senti e vivi, Anne, perdoa este pobre pecador!   Criado em: 09/10/2022 Autor: Flavyann Di Flaff

SÚBITA REFLEXÃO

  Houve um tempo em que o povo era dócil, não porque queria, mas, pela docilidade, a sobrevivência garantia.   O tempo passou, o povo foi mudando e a docilidade, de outrora, transformou-se em amargo engano; e, assim, para uma falsa consciência, o povo foi despertando.   Então, levado por ela, o povo a tudo questionava. Do feito ao desfeito e do dito ao interdito, porém, nenhum, desses nós, desatava. Parecia que resolver não era a questão; militar, sim, era a verdadeira razão!   Com o tempo e as vivências, o povo começou a enxergar, o que tão claro se exibia, que a classe governante era o estrato da mesma sociedade em que vivia.   Assim, o povo se viu espelho da classe que combatia, e esta se viu reflexo daqueles sobre quem o poder exercia, pondo-os sempre de joelhos.   E como Narciso ama tudo que é espelho, a docilidade antes abominada pelo povo, a ele, retornava naquele mesmo dia. Revelando, com isso, que a Ética e a Moral, só possuem eficácia verdadeira, o que não é novo, se fore

A UM POETA

  Certa feita, ouvi um poeta confessar que não acreditava numa mudança para melhor. Indagado, então, porque ainda lutava mesmo assim, ele respondeu, dizendo: “porque tá dentro de mim”, “porque tem que passar a chama adiante, só por isso”; revelando um evidente cansaço das tantas batalhas enfrentadas. Nesse momento, fiquei perplexo com a resposta dele, pois li, em um de seus escritos, o seguinte aviso: “ Não confunda briga com luta, briga tem hora para acabar, uma luta é para sempre” ; o que me fez, naquela ocasião, pensar no quão contraditório ele foi. Muitas vezes, diante das inúmeras lutas cotidianas, sentimo-nos assim, cansados devido à impotência de nossos atos em relação às causas que enfrentamos. Quem sabe, por isso, e também pelo fato de pensarmos, baseados em crenças impostas e limitantes, que toda luta é feita para ser ganha, não ocorrendo a vitória idealizada, uma sensação de fracasso se instale e o desânimo nos invada rapidamente. Hoje vejo que aquela surpresa que tive,