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Mostrando postagens de 2011

DA GRANDE VIAGEM

(In my mother's memory) Por que este insinuar diário da inevitável partida (coisa comum a todos nós), se vejo em teu rosto o inconformismo em “viajar” antes da “hora exata”? Sinto que não queres ir antes que vejas realizados os sonhos que sonhaste para mim. Tenho convicção de que dói em tua alma a certeza de me deixares, sem que eu já tenha um caminho traçado. Mas, em teu íntimo, já sabes que isso independe do teu querer e, sem querer, conformas-te com a vontade alheia (vontade Dele). Fico ansioso e, ao mesmo tempo, pego-me incomodado com este vacilar. Gostaria que Aquele que vem buscar-te, viesse logo decidir se irás ou se permanecerás mais um longo tempo comigo. Já que nada posso fazer, se não esperar a boa e decidida vontade Dele. Por ter uma quase certeza de que partirás, tento ir acostumando-me com esta dura e já quase realidade. É bem difícil, porém, já ando ensaiando para esta nova fase da minha vida, que será sentir sempre a tua falta. Desde já, estou pensando, r

DA GRANDE VIAGEM II

(In my mother's memory) Desejei uma boa “viagem” para ti, mas ainda não partiste, graças à compaixão Dele para conosco. Já que teu estado físico pouco se alterou. Vendo-te assim, hesitante, pois pareces que já não sabes se lutas para permanecer aqui ou se já te aprontas para partir, vêm-me lembranças de quando eras sã. Realizavas as tarefas domésticas com afinco — dedicação de quem tem amor pelos seus. Apesar de nos tornarmos adultos, sempre nos trataste como se fôssemos eternas crianças e isso é o que te fez ser exemplo para todos nós. Hoje, vendo-te assim, abatida, neste leito, penso em questionar o Pai, a fim de saber o porquê Dele levar nossa genitora, porém me seguro, porquanto sei que é este presente desespero que me incita a fazer tal pecaminoso ato. Vejo que até aqui muitos dos teus já desistiram desta luta, coisa que aos poucos percebo também que estás a fazer. Não queria nunca ter visto esta tua luta se tornar tão renhida, pelo contrário, antes preferia tê-la p

RELICÁRIO DE UMA PAIXÃO

Hoje, revirando os meus pertences, encontrei uma carta meio que embolorada pelo tempo. Abro-a e ao ler as suas linhas me vêm lembranças de um tempo bom da minha vida, no qual tinha alguém ao meu lado, dividindo alegrias e tristezas, carinhos e carícias. Mas, isso já passou, o tempo correu e, agora, só me resta tais recordações. Olhando mais atentamente, percebo uma leve marca que me faz relembrar aquele exato momento. Estava em minhas mãos, aquela missiva, quando, ao lê-la, chorei. Nela, decretado estava o fim do nosso relacionamento. As lágrimas ao cair marcavam no papel, deixando, para sempre, como uma assinatura, o dia desse desfecho infeliz. Agora, cabisbaixo, retorno para o tempo real, e em vez de jogar a carta fora, como faria com os demais papéis, guardo-a como um relicário de uma doce paixão que por razões escusas feneceu. Criado em:  09/06/2003  Autor:  Flavyann Di Flaff

PREENCHENDO AS HORAS DE VIDA

Tenho andado triste ultimamente, pois específica situação, não me permite preencher as minhas presentes horas vagas. O tempo passa e a vida segue sem que possam nos dar a chance de recuperar o que perdemos. Se por ventura já fizemos o que desejávamos, nos restarão as boas lembranças. Mas se por um motivo qualquer, deixamos por fazer, nos sobrará tão somente, o arrependimento por não as ter realizado. Adoraria poder ocupar estas horas vazias com o desfrute de momentos prazerosos com pessoas a quem amo. Em cada oportunidade, alguém diferente, só para não deixar de fora nenhum amigo. Já que são esses bons momentos, que valem muito na vida, os quais levamos conosco, quando o nosso (in) esperado fim, chegar. Parece que é sonhar demais, quando desejo essas coisas, porquanto ainda tenho esperanças de que tal ocasião, logo chegará. Mesmo que, quando esta chegar, possa parecer tarde demais, não deixarei jamais de desfrutá-la inteira e intensamente, como se fora a minha última ação em vida

TENTAR SUPERAR

Até hoje me sinto um ser rejeitado, desprezado, abandonado. Pois parece que foi ontem, que tudo entre nós se acabou. Foste embora sem motivo, sem dizer para onde e se sozinha ou já com outro alguém, no meu íntimo, já sabia o porquê. Sempre que me pego só em um canto qualquer, me vem saudosas lembranças do que vivemos − momentos que pensávamos serem eternos. Pensamento bobo esse, típico dos humanos, quando apaixonados. Já que nesta vida terrena, nada é para sempre. Lembro diariamente do teu jeito de me olhar − algo bem pessoal. Nunca me esqueci dos teus beijos, abraços, palavras, gestos e sorrisos. Como não falar também do teu cheiro, melhor, como não o sentir! Se a minh’alma parece estar impregnada por ele, até esse momento. Sinto-me perdido, até hoje, sem ti. Já que não aprendi ainda a conviver com tantas lembranças de nós dois, sem estares ao meu lado. Não tive nenhuma péssima lembrança do nosso relacionamento, sinal de que, se ocorreram desavenças, todas elas, foram insignificantes

EM TEU RESPEITO

Hoje, já distante de ti, é que te vejo melhor! Observo o que, realmente, se esconde por trás desta máscara de rebelde, que há muito usas. Olhando bem, percebo agora, que és apenas, mais uma daquelas pessoas frágeis, que necessita muito de atenção e afeto. Apresentas esta tua face sisuda, este teu olhar inquisidor, estas tuas palavras ferinas e estas tuas ações de rebelde. Só para se defender de situações, das quais não tens o controle, pois isso te causa grande medo. Sei que hoje me renegas! Porém, ontem, tinha certeza de que me querias por perto. Só que não soubeste expressar isto, já que mais uma vez, o receio te invadiu e te fez expulsar-me do teu caminho. Hoje, como água e fogo, que nunca serão um só, estamos. Vários combates verbais travamos, sem que chegássemos ao fim desta história. Mas está tudo bem, já que há muito, desisti de ti. Então, como um clarim, que ao término de uma cerimônia fúnebre de mais um guerreiro que se foi, me silenciarei. Mostrando todo o meu respeito pe

INCONSEQUENTE PERDIÇÃO

Uma companhia para ti deve ser como uma transa mal paga, uma foda mal dada ou, simplesmente, mais um nada a preencher este vazio, que está sendo tua vida. Deves ver o ente oposto, como uma certeza da feira no final do mês ou a certeza de tuas contas pagas ou ainda, quem sabe, a realização do carro novo em tua garagem. Mas que visão turva, esta tua! O que terá causado tamanho estrago nela? Jamais desabafarás isso, porque jamais ninguém fará tal questionamento, apenas, saciarão o desejo e partirão sem se importarem com a tua vida. Talvez saibas como eles te vêm, porém ignoras tal opinião. És para todos os homens que te procuram, como um pedaço de carne vendida, consumida às pressas, só para saciar uma vontade que vem e logo passa, assim que termina o ato. Penso que dentro deste teu vazio e, aparentemente, frio coração há resquícios de um amor rejeitado ou maltratado, motivo forte para tal negação ao apego ou de qualquer outra demonstração de afeto, para com o sujeito oposto. De n

TEMPO PARA REFLETIR

Depois da conquista, veio a convivência diária. Com ela, sem perceberem, uma inesperada rotina começou a se fazer presente na relação. De início, tudo era agradável, já que era feito pela primeira vez. Transcorrido certo tempo, foi ficando recorrente, mas ainda não lhes causava mal-estar algum, uma vez que estavam dividindo suas alegrias, gostos e a amizade de pessoas queridas. Com o passar de meses, como é comum em uma relação, uma das partes começou a se incomodar com o que frequentemente era feito. Pois tudo parecia seguir regras invioláveis, as quais impunham o que rotulam de “convívio normal”. O enfado começava a tomar conta de um dos envolvidos, enquanto no outro o pensamento era de que tudo estava em perfeito estado. Este ignorava, assim, que a mesmice já tomara conta do relacionamento, a ponto de fazer com que o outro enjoasse a sua companhia. Certo dia, já sem estímulo algum, ela pediu um tempo a ele, o que foi permitido incondicionalmente. Há muito queria respirar novos a

DO AMOR

O amor brotou como uma terna melodia, empolgou e inspirou um selar de união. Mas contido por outro maior, mais sólido, protetor e justo − o amor maternal −, reconheceu sua imaturidade. O amor fora paciente, mas como tudo tem seu limite, esperou por um determinado tempo e logo se cansou, quis partir, porém, estático, se partiu em grandes pedaços. As metades seguiram caminhos distintos, cada uma com o mesmo pesar na consciência. O amor, inconformado, desejou voltar, encurtando assim, a recém-iniciada jornada e, novamente, as suas metades se juntaram, retomando a união de outrora. Às vezes, ensaiam um novo partir, devido a pequenos contratempos, que logo são discutidos e dissipados. A presente paz devagar vai sufocando as dúvidas e a insegurança de um futuro que já se insinua e, brevemente, será concretizado. Fazendo crer que o que virá, recompensará todo o esforço feito para vencer as intempéries desse imenso mar, chamado amor. No qual navegar se faz necessário, mesmo sob incessant

QUANDO ME AMARES

Quando um dia, me possuíres, não me dês bilhete, recadinhos ou cartas e nem rabisques em cadernos, papéis avulsos ou em paredes, que me amas. Pois não creio nas palavras ditas em meio a períodos de vivência de sentimentos ou emoções, imaturamente, iniciados. Mais do que frases soltas prefiro ações concretas, pois estas conseguem melhor expressar o que se sente em relação ao outro. Reafirmo o meu desejo de que nunca escrevas ou digas que me amas, simplesmente, me ame! Não fiques a espalhar ao vento que gostas de estar comigo, efetivamente, estejas sempre ao meu lado! Não fiques a gastar tua verve, preenchendo alheios ouvidos bisbilhoteiros, dizendo que sou o único em tua vida, me faças sê-lo verdadeiramente! Não percas tempo em responder aos outros, qual parte mais gostas em mim, simplesmente, me ame por completo, do jeito que sou! Nunca expresses tuas alegrias ou frustrações em nosso relacionamento, escrevendo em páginas mudas e imóveis ou comentando com alheios e falsos confidente

AFÁVEL FIGURA

Quem mais te acompanha desde o principiar de tua vida? Quem mais está ao teu lado, sempre que precisares? Quem mais se importa com teus passos inseguros? Quem mais valoriza a tua presença? Quem mais está sempre a te guiar por caminhos seguros? Quem mais te estende as mãos, quando tropeças na vida? Quem mais está sempre pronta a perdoar os teus mais absurdos pecados? Quem mais se interessa intensamente pelo teu dia a dia? Quem mais está incessantemente a cuidar de ti? Quem mais tem sonhos bons para ti, enquanto te desinteressas por um rumo na vida? Quem mais larga a sua própria vida, para se doar inteiramente a ti? Quem mais daria a vida para te proteger dos males do mundo? Quem mais te confortaria, quando a dor viesse atormentar-te? Quem mais, em suas orações, te colocaria em primeiro plano? Quem mais neste mundo seria capaz de tudo isso fazer, a não ser esta indescritível e afável figura, chamada MÃE − sinônimo maior da Suprema Criação Divina.       Espero que ao ler essas singelas

UMA CURA PARA A SOLIDÃO

Desde que os primeiros sinais da puberdade começaram a aflorar em mim, eu te idealizei. Eras bela, possuidora de um sorriso contagiante em uma face angelical, tinhas um jeito faceiro e um gestual cativante. Naturalmente, sem forçar, já eras sedutora, porque não precisavas inventar nenhum artifício para conquistar. Foi contigo que aprendi o significado de gostar, de desejar, de ansiar e de se excitar por alguém. Experimentei momentos maravilhosos e outros, nem tanto assim, todos eles foram sempre contigo. Só mais adiante, é que viria a descobrir que tudo fora uma preparação para situações futuras, as quais a vida me reservava. Hoje, depois que anos se passaram, é que percebi que a vida perdeu a graça no exato momento em que deixei de pensar em ti. Mesmo tendo conhecido mulheres reais, amadurecido ou vencido na luta diária da vida, e mesmo tendo batalhado, permanecido na mesma condição social. Nada se igualará à felicidade que senti, quando comecei a te idealizar. Noto que dentro do meu

SEMPRE [E]NAMORADOS

Neste dia, vê se chegas de mansinho, meio que de surpresa, mas de um jeito bem natural. Quando vieres, tenhas um novo sorriso estampado no rosto; os olhos com um brilho diferente do habitual, que já é bem agradável. Venhas com gestos, todos eles, ainda mais cheios de carinho e, completamente, vestida com roupas bem leves, nada de muito formal. Porque excesso de formalidade fica para reuniões de negócios. Podes vir com aquele ar de quem nada quer, porém, logo de cara, perceberei que estás cheia de vontade de dar e receber amor. Uma boa relação é sempre assim, reciprocidade pura, e eu faço aquela carinha de surpresa, uma vez que o amor tem sempre jeito de novidade,  disso sei desde que estou contigo . Receberei a ti com alegria no rosto, meiguice no olhar, calor no abraço e com “segurança” no falar, é que ainda continuo a tremer um pouquinho, quando estou perto de ti. Isso acontece desde quando nos conhecemos. Enfim, tudo isso acontece, não só neste dia, porém sempre. Posto que para mim,

UM BREVE MOMENTO DE REFLEXÃO

Quando o cansaço vem e me faz querer um leito para repousar. É nessa hora que me dispo de tudo ao meu redor e retiro a vestimenta carnal, para, assim, dormir o sono dos justos. Olhando para meu espírito, vejo nele impresso marcas de sofrimentos vividos. Não mais choro por eles, pelo contrário, agradeço por tê-los vivenciado . Pois só assim, fui tornando-me maduro, adquirindo conhecimento s, para melhor saber desfrutar dessa coisa complicada que é a relação humana. Afinal, é para isso que servem as cicatrizes, para nos lembrar de que não devemos cometer os velhos erros e, se possível, nem os cometer . Deixaram-se marcas que , de tão profundas, se fazem bem visíveis. É porque o sofrer foi forte, capaz de causar danos também ao coração. A maioria deles foi cometida por falta de amor, compreensão e humildade. Tenho consciência de que causei alguma s feridas, que também fui cruel! Mas quem neste mundo não as causou, que atire a primei ra pedra. Cada um traz consigo s uas marcas, todas

DOCE FUGA

O que faz com que uma pessoa que ama e é amada, venha a pensar em liberdade de ação afetiva para com um alguém alheio à sua presente relação a dois? Como pode uma pessoa querer dividir o que já não é mais só seu com outrem, quando isso já soa como um insinuar de traição? Só sei que quando isso acontece, é sinal de que o amor está fragilizado, ficou enfadonho, já não agrada como outrora. É quando uma das partes começa a vacilar, sem que a outra perceba. Expondo, enfim, àqueles que a cercam, que o sentimento está há muito abalado. Conheci uma pessoa que quis ter novas experiências e, para isso, deu um tempo para fugir do que já era rotina, partindo rumo às tentações deste vasto mundo do prazer. Não demorou muito e encontrou quem a provocasse o suficiente para ceder algumas horas de sua existência em bons e breves momentos de desejos saciados. Experimentou, durante um mês, sensações já quase adormecidas em seu ser cansado. Foram ações que já conhecia, mas que já não causavam prazer,

REFAZER-SE

Até hoje, sinto-me rejeitado, abandonado, desprezado! Pois parece que foi ontem, que tudo entre nós se acabou. Foste embora sem motivo, não sei se sozinha ou já com alguém, para onde também não sei. Em meu íntimo, tenho a devida noção do porquê partiste. Agora, toda vez que me pego só em um canto qualquer, seja em casa ou na rua, chegam-me lembranças saudosas do que vivemos juntos, momentos que pensávamos ser eternos. Pensamento bobo esse, bem típico dos apaixonados, já que, nesta vida, nada é para sempre. Lembro-me sempre do teu jeito de me olhar, tua marca pessoal. Nunca esqueci, também, dos teus beijos, abraços, palavras, gestos e sorrisos. Como não citar o teu cheiro, melhor! como ainda não o sentir, se a minha alma parece estar impregnada pelo teu odor até hoje. Continuo me sentindo totalmente perdido sem ti. Uma vez que não consigo conviver com tantas lembranças tuas, sem que estejas ao meu lado para revivê-las. Percebo que não tenho nenhuma má lembrança de nós dois! Sina