Hoje, revirando os meus pertences,
encontrei uma carta meio que embolorada pelo tempo. Abro-a e ao ler as suas
linhas me vêm lembranças de um tempo bom da minha vida, no qual tinha alguém ao
meu lado, dividindo alegrias e tristezas, carinhos e carícias. Mas, isso já
passou, o tempo correu e, agora, só me resta tais recordações.
Olhando mais atentamente, percebo uma leve
marca que me faz relembrar aquele exato momento. Estava em minhas mãos, aquela
missiva, quando, ao lê-la, chorei. Nela, decretado estava o fim do nosso
relacionamento. As lágrimas ao cair marcavam no papel, deixando, para sempre,
como uma assinatura, o dia desse desfecho infeliz.
Agora, cabisbaixo, retorno para o tempo real, e em vez de jogar a carta fora, como faria com os demais papéis, guardo-a como um relicário de uma doce paixão que por razões escusas feneceu.
Criado em: 09/06/2003 Autor: Flavyann
Di Flaff
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