O amor brotou como uma terna melodia,
empolgou e inspirou um selar de união. Mas contido por outro maior, mais sólido,
protetor e justo − o amor maternal −, reconheceu sua imaturidade.
O amor fora paciente, mas como tudo tem
seu limite, esperou por um determinado tempo e logo se cansou, quis partir, porém,
estático, se partiu em grandes pedaços. As metades seguiram caminhos distintos,
cada uma com o mesmo pesar na consciência.
O amor, inconformado, desejou voltar, encurtando
assim, a recém-iniciada jornada e, novamente, as suas metades se juntaram, retomando
a união de outrora. Às vezes, ensaiam um novo partir, devido a pequenos contratempos,
que logo são discutidos e dissipados.
A presente paz devagar vai sufocando as dúvidas e a insegurança de um futuro que já se insinua e, brevemente, será concretizado. Fazendo crer que o que virá, recompensará todo o esforço feito para vencer as intempéries desse imenso mar, chamado amor. No qual navegar se faz necessário, mesmo sob incessantes tempestades, pois só assim, se chega a um porto seguro.
Criado em: 10/12/2003 Autor:
Flavyann Di Flaff
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