As coisas entre nós não aconteceram por acaso! Foi ao longo do
tempo, que, eventualmente, tudo fora sendo consumado.
Não te conhecia, mas já
começava a ti imaginar! Foi durante o período de diálogos virtuais e fonados que construímos certa intimidade. Então, nesta abstrata convivência, começou a
surgir um interesse, primeiro em ti, até que por ele fui contagiado. Aos atropelos, mantínhamos tal interesse sempre vivo, apesar de nem sempre nos entendermos a
respeito do local onde nos encontraríamos, quando queríamos nos ver.
Por muitas vezes, andei
insatisfeito e triste, pois não via realizado tudo o que me passavas em tuas repetidas
e inconstantes palavras, mas como o meu desejo em ti era enorme, relevava
sempre essa tua constante indecisão.
Sentia que o tempo
corria ainda mais, quando percebia o teu receio em assumir algo por mim, se é
que sentias alguma coisa. Vi-me incomodado pelo teu descaso em relação a tudo o
que já tinhas me dito e que alimentava esse recém-nascido sentimento em mim.
Em um certo dia,
acabamos por nos encontrar. O teu comportamento já era esperado, porém eu não o
aceitava e isso me causou um enorme constrangimento. Já que o meu desejo nesse
momento era o de poder ter a tua recíproca a todas as ações que eu fizesse em
relação a ti, visto que tudo o que planejara, fora cheio de ternura, no entanto preferiste evitar-me.
Hoje, nada mais temos em
comum! Tornamo-nos dois estranhos novamente, como jamais deveria ter deixado de
ser. A maneira fria como escolheste para pôr fim ao que me insinuavas e que eu
tanto acreditei, não me surpreendera, uma vez que já cismava que assim aconteceria. O
pior de tudo, fora o imenso mal que ela me causou.
Hoje, dói mais em mim a
lembrança dos encontros ternos que não tivemos, dos abraços que não trocamos,
dos beijos que nunca demos um no outro. Enfim, dói toda essa lembrança do que
nunca fora permitido fazermos juntos, como dois namorados.
Errei, apaixonando-me apenas tendo lido e escutado as tuas ardilosas palavras, já que isso não é o suficiente para que se perceba que um sentimento é concreto ou apenas um mero entusiasmo. Por isso, concluo que tudo não passou de uma experiência infeliz, chamada de uma quase uma relação.
Criado em: 16/10/2002 Autor: Flavyann
Di Flaff
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