Eu que, como muitos outros, nasci livre. Hoje vivo
preso a regras, costumes, códigos, modismos, normas, manias e doutrinas.
Sou vigiado 24 horas por dia pela consciência e por
pessoas alheias aos meus desejos, conceitos, opiniões e pensamentos. Enfim, por
todas as pessoas que compõem esta sociedade.
Como todo aprisionado, tento de todas as formas, lícitas ou ilícitas, boas ou más, fugir desta prisão sem grades que me
impuseram. Conseguindo, assim, um dia, a tal liberdade de ir e vir, de pensar e agir, de falar e questionar. Se verdadeiramente a conquistarei, isso já é
outra história.
Ao nascer, senti os ares de liberdade do viver, esse
presente maravilhoso doado por Deus. Mas, diante dos meus primeiros passos, do
meu primeiro olhar, das minhas primeiras palavras, foram tirando-a de mim. Como
nada disseram, cismei, inocente que ainda era, de que essa atitude não mudaria
a vida preparada para mim. Porém, constataria, muito tempo depois, que fora um
ingênuo por pensar assim.
Passados alguns anos, continuo a não saber o porquê dessa condenação! Pois, se eu nada de errado fizera, mereceria, por direito, usufruir, legitimamente, a liberdade do pleno viver. Já que esta que me dão, é falsa e policiada, não fazendo com que me sinta um verdadeiro e pleno cidadão.
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