Desde que os primeiros sinais da puberdade começaram a aflorar em mim, eu te idealizei. Eras bela, possuidora de um sorriso contagiante em uma face angelical, tinhas um jeito faceiro e um gestual cativante. Naturalmente, sem forçar, já eras sedutora, porque não precisavas inventar nenhum artifício para conquistar.
Foi contigo que aprendi o significado de gostar, de desejar, de ansiar e de se excitar por alguém. Experimentei momentos maravilhosos e outros, nem tanto assim, todos eles foram sempre contigo. Só mais adiante, é que viria a descobrir que tudo fora uma preparação para situações futuras, as quais a vida me reservava.
Hoje, depois que anos se passaram, é que percebi que a vida perdeu a graça no exato momento em que deixei de pensar em ti. Mesmo tendo conhecido mulheres reais, amadurecido ou vencido na luta diária da vida, e mesmo tendo batalhado, permanecido na mesma condição social. Nada se igualará à felicidade que senti, quando comecei a te idealizar.
Noto que dentro do meu peito o desejo de um dia te encontrar, sempre esteve presente, apesar de saber que isso poderia ser impossível, já que só existias em minha mente. Contudo, mesmo assim, me pergunto: quando nossos olhos se encontrarão? Quando nos abraçaremos? Quando nossos lábios se tocarão? Quando, enfim, poderemos realizar tudo o que imaginei contigo? São perguntas que carecem de respostas e estas são os únicos antídotos para este vazio e esta descrença em encontrar um alguém companheiro e fiel para mim.
Criado em: 10/03/2003 Autor: Flavyann Di Flaff
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