Ah, como essas garotinhas conhecem bem, como
machucar um coração! Vivem fazendo isso sem a total consciência desse ato,
fazendo-o, apenas, por mero capricho. Vão colecionando paixões, só para se exibirem
diante de suas amiguinhas pré-adolescentes.
Estão em uma fase em que a quantidade conta
mais que a qualidade e, com isso, pensam ganhar “status” nas rodinhas de
conversa com as amigas. É dessa forma que elas aprendem a moldar as suas
incompletas personalidades. Porém aquele prestígio é contestável, já que,
devido a ele, pode ocorrer também a degradação física e moral da
pessoa. Enfim, tal ato pode provocar uma eventual discriminação por parte de seus iguais.
Elas pensam saber de tudo, mas ainda estão
na fase da descoberta, da procura, da escolha. Nem sempre têm o aprendizado
correto e é neste momento que, sem perceberem, muitas escolherão as suas
posturas definitivas para seguirem nesta longa e difícil jornada da vida.
Numa ânsia louca, pressa de tudo ter,
ver, querer e experimentar. Vão deixando passar as coisas e as pessoas boas
que surgem em suas vidas, e quando, por ventura, vierem a se dar conta do que
perderam, só lhes restará a tristeza do arrependimento por não terem dispensado a
devida atenção a tais oportunidades.
Quando chegarem ao fim dessa fase − início da vida adulta − algumas com os erros amadurecerão. Enquanto outras se perderão no caminho, consumindo a jovialidade que possuem e as capacidades que não desenvolveram. Participando de fúteis momentos, todos desfrutados em ações desprezíveis ao lado de pessoas insignificantes.
Criado em: 30/09/2002 Autor: Flavyann
Di Flaff
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