O
felino, na sua astuta natureza pela sobrevivência, espreita silenciosamente a
sua presa. Vai se movendo sorrateiramente, até se revelar bem no último
instante, quando terá a certeza de que a caça não lhe escapará.
Quem
numa conquista se revela de todo, antes de ter a certeza de que o outro já
sucumbira diante de seus apelos? Assim, vemos o jogo da sedução, no qual podemos e
usamos diversos e sutis ardis, com a única intenção de ter o outro ao nosso
lado. Depois da conquista, alguns agem como as feras, que, já saciadas,
partem, deixando, para trás, o que restou de sua presa, esta, quase sempre, em
pedaços. Já outros, mais humanos e, por isso, sensíveis, acabam se entregando
ao desfrute dos prazeres proporcionados por quem lhes fora conquistado, o que, convenhamos, será sempre o melhor desfecho. A vida e o ser humano serão sempre indecifráveis, pelo menos, àqueles que insistem em observá-los por um olhar pragmático.
Criado em: 30/01/2006
Autor: Flavyann Di Flaff
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