Há
muito o semblante anda tristonho, e no coração, uma dor profunda e infinita, faz
morada. Motivos para tanto, existem inúmeros, mas solução, até aqui, nenhuma.
O
desespero sempre bate à porta, que nunca abre, não por sabedoria ou convicção
do inquilino, porém pelo desânimo, que já o vencera e o impede de executar o
simples gesto de abri-la.
O
tempo se tornou o seu carrasco mor, pois só lhe faz sentir mais angústia, em
vez de lhe trazer alguma salvação. Esse transcorrer lerdo, só lhe faz afundar
ainda mais nessa realidade apocalíptica em que ele se deixou viver.
Nunca
haverá culpados para merecerem xingamentos, revoltas ou desforras. Uma vez que, intimamente, reconhece que só o que sempre existiu, foi o seu eu, este, o único
e eterno culpado por essa derrocada fatal. Então, só resta a autotolerância, já
que se autoflagelar em nada ajudará a transpor essa má fase, que parece ser
eterna, no entanto tem um fim programado. Basta-lhe, apenas, que concentre todos os
seus esforços para obter tal intento. Pessoas poderão ajudar, contudo, para vencer a
si mesmo, é crucial que use a sua força interior, posto que esta nunca finda,
apenas, por fraqueza nossa, a esquecemos em um canto qualquer do nosso ser.
Criado em: 30/04/2006 Autor:
Flavyann Di Flaff
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