À espera de tua revoada, lembrei-me de
quantos verões desfrutamos distantes um do outro. Distância mais no âmbito
humano do que em quilômetros, como bem conhecemos. Algo medido por meio de
receios, deduções e especulações de ambos os lados. Apesar disso, o tempo nos
foi generoso, proporcionando um protótipo de intimidade que, mais tarde,
aperfeiçoaríamos em um convívio diário.
Permitimos que um entrasse na privacidade do outro, conhecendo alguns pormenores, favorecendo, com isso, o surgimento de desejos incertos. Experiência que fortaleceu a relação, deixando lembranças marcantes, como as das muitas batalhas superadas; das lágrimas vertidas, devido às perdas sofridas; não esquecendo do fortalecimento dos sentimentos sinceros que floresceram no decorrer da convivência. Todavia, o tempo, como já o conhecemos, não é juiz e nem carrasco, ele simplesmente flui adiante. Logo, cabe a cada um de nós usufrui-lo da maneira que melhor achar. Assim, decidiste retornar às tuas raízes e tentar refazer a tua vida. Então, é chegada a hora! Vais! Revoas! Bate as asas rumo ao lugar de onde vieste, renovando as tuas forças e o teu ânimo, para que possas ressurgir das cinzas. Quanto a mim, fico aqui no lugar de onde partiste, revisitando as lembranças de tudo aquilo que representas e que foram construídas neste eternizado período, liberando pensamentos positivos para a tua vitória, e ciente de que a saudade não tardará em chegar.
Criado em:19/08/2014 Autor: Flavyann
Di Flaff
Comentários
Postar um comentário