Hoje, inexplicavelmente, quis olhar para o alto.
Mas tão logo olhei, com uma piscadela de estrela, o céu me disse algo e recolhi
o olhar. Entendi que o que a saudade me fazia procurar não estava perdido no
espaço. Então, voltei o olhar para dentro de mim e lá encontrei uma parcela
tua, imutável, indestrutível, eterna.
Se hoje sou o que sou, foi porque fizeste de minha
criação o teu sacerdócio. Por muito tempo, foste a guardiã dos meus passos. O
porto seguro para onde sempre pude retornar, quando dos fracassos de minhas
impulsivas jornadas.
Lembrar-me dos momentos contigo não é fruto do
arrependimento ou do remorso, mas de uma coisa boa chamada gratidão! Reconheço
sempre que, se eu voltasse à vida mil vezes, mesmo assim, não conseguiria
devolver o que, em uma única existência, deste-me.
Partiste, bem sei! As lembranças são o produto
dessa ausência, porém não sigo a lamentar tal fato, pois o momento de luto já
foi cumprido. Hoje, sigo esforçando-me para fazer valer cada sacrifício que
fizeste, e tenho fé que conseguirei ser aquilo que de bom sonhaste para mim.
Fui, sou e sempre serei imensamente grato por tudo que fizeste por mim e pelos seus, mãe! Onde estiveres, farei abrir um imenso e belo sorriso em tua alva face.
Criado em: 11/05/2013 Autor: Flavyann
Di Flaff
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