Conquistar o novo velho mundo, assim,
partiu o novo conquistador determinado! Com sua caravela movida a Terabytes,
velejou por esse info mar até chegar à terra dos novos velhos selvagens. Ao
aportar, cuidou de adaptar todo o sistema ali existente para demandar as suas
ordens, não de forma arrogante, porém de forma sutil, subliminar. Afinal, os
tempos são outros, já que não é permitido agir como os antigos que impunham
enfaticamente as suas vontades aos demais, imperando o politicamente correto.
A colonização se deu como mamão com
açúcar! Tudo instalado com o consenso dos nativos, sob a promessa de futuros Gs
de força. Apesar de os novos velhos selvagens serem cabeça dura para as
mudanças interiores, eram escancarados para a mudança exterior. O colonizador,
então, trocou as bugigangas primitivas por peças tecnologicamente mais bem
elaboradas, o que permitiu uma maior capacidade de conversão mental daqueles
habitantes. Tudo sob os desígnios de um deus onipresente, onisciente e
onipotente, customizado de acordo com o desejo de cada um, capaz de
convertê-los nas mais ordeiras ovelhas. Cumprida a missão, o colonizador se foi,
deixando a semente plantada no seio da terra fértil daquelas mentes, já que
sabia que a cultivariam com gana.
Em toda casa se encontrava a tecnologia
colonizadora. mesmo nas mais simples, onde a miséria imperava, não queriam
ficar ainda mais à margem da sua, antes primitiva, e agora, atualizada
sociedade.
Ávidos por figurar no panteão dos usuários
do sistema, rapidamente assimilavam os comandos. O que não aconteceu em relação
a adquirir os conhecimentos de seus antepassados, que foram tachados de
obsoletos. O novo conhecimento é superior, uma vez que proporciona o ócio
produtivo, e desde que se esteja conectado, o céu é o limite para a máquina...
inumana.
Todo o aparato deixado pelo colonizador
fora conservado e aprimorado ao longo do tempo. Desde então, quem nada era,
fez-se parecer ser.
Para todos conquistar e a vida melhorar, bastava despir o corpo e enlutar a alma. Assim, o efeito manada foi ativado, e muitos publicizaram as suas privadas... vidas.
Criado em: 14/11/2020 Autor:
Flavyann Di Flaff
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