Minha presente musa, por que
teimas em me enganar com tão doces palavras, dignas de compor as mais belas
trovas de amor, se a tua boca não fala o mesmo idioma do teu coração? Não
brinques assim comigo, meu coração não suportaria tamanha travessura, pois ele
é frágil como a mais bela rosa do teu jardim.
Ah,
minha esplêndida musa! Por que queres me induzir a ter esperanças numa
insinuada relação? Uma vez que percebo que apenas um só coração vai amar, e tudo
ao nosso redor me faz pressentir que será o meu.
Oh, minha inusitada musa! O encanto de tuas
palavras é tão forte, que acredito na ilusão de que por mim te apaixonarás e,
devido a esse devaneio, eu a ti me deixo prender.
Ah,
minha adorável musa! Acreditei que por ti esperei a minha vida inteira,
desprezando inúmeros amores, pensando que tu, igualmente, me desejavas. Então,
quando por fim chegaste, descobri, a duras penas, que perdera uma vida toda por
nada. Já que disseste que nunca me amaste de verdade, que tudo fora fingimento
e que eu podia ir procurando outra pessoa.
Ah, alheia e sádica musa! Como consequência por ter acreditado nas tuas desmedidas juras e ter devotado o meu querer somente a ti, pego-me entregue a uma infinita solidão, e com o peito ferido, devido ao fim que colocaste numa relação que me fizeste pensar existir entre nós.
Criado em: 24/07/2006 Autor: Flavyann Di Flaff
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