Quando tudo um dia findar e você partir para não mais
voltar, transformando-se em boas lembranças com o passar do tempo, não
chorarei, festejarei todo o aprendizado que me fora proporcionado, enquanto
estivemos juntos ─ lições que usarei em novas relações, que, com o tempo,
surgirão.
Hoje celebro cada dia de nossa convivência, como se
fora o último, porque, assim, é que se deve tratar todo bom momento vivido a
dois.
A cada gesto ou ação que fazemos, e que parece algo
tolo aos olhos de quem é alheio, vamos cativando um ao outro. São conversinhas
cheias de frugalidade, sempre intercaladas por jurinhas ternas, abraços
aconchegantes, trocas sinceras de olhares interessados, amassos sedentos e
beijos ousados.
Em certos momentos, dentro dos nossos encontros, a
carne clama o seu quinhão e, assim, cedemos sem restrições, afinal, numa relação
há sempre a alternância democrática e saudável entre o sentimento e o desejo.
Como dois recém-promovidos a adolescentes, sentimos, de
novo, a presença tresloucada da magia dos enamorados. Desta vivenciamos os sintomas
típicos, que são as mãos que gelam; o coração que acelera só em pensar na hipótese de encontrar o outro; é
a ansiedade do encontro iminente e aquela timidez pré-atitude. Coisas que
pensávamos tê-las perdido, quando passamos à fase adulta, mas que, agora,
revivemos com enorme satisfação.
De tudo que mal começamos a vivenciar a dois, percebi,
atento que sou ao que me atrai e ao que me é transmitido, seja por meio de
palavras pronunciadas, seja por intermédio de mínimos gestos e/ou ações, um fato
seu, bem particular, essa coisa de “vestir a camisa” de verdade da relação,
independentemente do tempo que ela começou ou do que vai durar, fazendo com
que aquele que se fez cativar, sinta-se o mais feliz dos seres.
Numa definição clara de que é dando que se recebe,
você se doa duma maneira tal, que, não sei se desinteressada ou despretensiosa,
mesmo que não se importasse com a reciprocidade, receberia tudo de volta. Esse é o mistério que
tanto cativa a todos que cruzam o seu caminho, é essa a lição que aprendo a
cada dia desfrutado em sua companhia e que levarei para toda a vida.
Criado em: 08/05/2010 Autor: Flavyann
Di Flaff
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