Quando surgiu o sentimento pelo ser oposto, era jovem
demais para entender e saber como reagir, por isso, guardou para
si, na esperança de saber fazê-lo aflorar mais adiante, tempo em
que pudesse melhor compreender e, assim, reagir adequadamente.
O tempo passou e, certo dia, aquilo que guardara,
ressurgiu por acaso. Mesmo assim, surpreendera-se e, novamente, sem reação, escondera-se por trás de uma antiga companheira, a timidez. Desse modo,
inconscientemente, adiara, mais uma vez, a descoberta e a vivência de algo que é
inerente à vida de todo ser humano.
Mal sabia que os costumes mudaram e não
aproveitar as oportunidades no seu tempo devido era perder o momento certo de
aprendizagem para vivências futuras e tal comportamento, mais a frente, teria
uma cobrança cruel.
Como certo é o fato de que nascemos, crescemos e
morremos, também assim é o momento em que desejaremos ter uma companhia!
Então, não tardou a retornar aquele antigo sentimento e logo pensou em querer alguém, já que presumia ser capaz correspondê-lo.
O tempo não o perdoou e logo cobrou a sua paga! Mesmo
agora se sentindo senhor de tudo, ainda mantinha a inocência de outrora e, assim, interessou-se por uma bela jovem. Não tardou em descobrir, que, no presente, não
mais havia espaço para o tipo de sentimento que sempre se privara de viver, o que, hoje, já consideravam uma coisa em desuso e sem graça. Só então percebera
o quanto perdera ao não dá vez à impulsividade de seu coração adolescente.
Agora, só lhe resta como opção, lançar-se à luxúria e ao desejo de posse, dupla
que impera na maioria dos relacionamentos atuais e que só geram o prazer
carnal, ferindo, quase sempre, a alma.
Criado em: 12/04/2010 Autor: Flavyann
Di Flaff
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