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A DIFÍCIL ACEITAÇÃO DO INEVITÁVEL

A sensação de perda se transforma num imenso nó na garganta, de repente, os olhos reagem e se deixam inundar até transbordar, as lágrimas rolam face abaixo e, por fim, a cabeça se prostra até ser amparada por mãos trêmulas e aflitas.
Os dias não serão mais os mesmos desde então, pois uma grande ausência será sentida! Em cada canto da casa, por um longo período, só o vazio deixado pela súbita partida será percebido, estendendo-se até o que era antes uma rotina normal.
Muitos se vão sem o adeus perfeito, no qual não há o abraço fraterno sempre acompanhado por votos de um breve retorno. Só os muitos porquês ficam a ressoar intermitentemente naqueles que ficaram saudosos.
A vida sempre exige que prossigamos, e o que antes era dor infinita em lembranças constantes, transforma-se em saudade, que surge em raros momentos de memórias solenes nas quais sempre nos vêm as mesmas sensações fatídicas do acontecimento passado. Resta-nos preservar só as lembranças boas da convivência que tivemos, quem sabe, assim, possamos conformar-nos mais rapidamente e aceitar o inevitável desfecho da vida.


Criado em: 20/04/2010 Autor: Flavyann Di Flaff

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