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RECORDANDO



Estava absorto, quando, de repente, um mexe pra lá, um mexe pra cá de cadeiras, algo comum em salas de aula, onde o fim do período incita os nervos de qualquer discente, fez-me não aborrecido, mas nostálgico, já que me trouxe à lembrança o andar provocante de certa morena, que esteve presente em um episódio de sua vida proporcionando bons, prazerosos e indescritíveis momentos de convivência.
Há tempos a minha vida consistia em uma eterna transição, pois nunca se consumava. Uma grande obra pública, que se arrasta por seguidas administrações, demandando mais e mais verbas, sem nunca findar, assim podia ser comparada essa longa má fase em que vivo. Nesse infinito hiato, vivenciei inúmeras e distintas experiências, uma delas foi seguir o lema: “Namorar sempre, casar um dia!”, bandeira do tempo de diversidade, tendo de comum, só o fato de serem mulheres, visto que nos aspectos pessoais existiam diferenças mil!
Não tenho muito do que reclamar desse período, porquanto fora nele que conheceu a tal morena, mulher plena em belas formas e sentidos. O mexer sensual de suas cadeiras, feitiço cinestésico que me encantou e deixou resquícios, foi o que, logo de cara, cativou-me. Pena que o tempo voa e a vida não para! Seguir em frente é parte importante desse imenso contexto, chamado existência. Nela, pessoas surgiram e surgirão de alguma forma e quantidade, sempre contribuindo para a nossa formação humana. Permanecendo todas, para sempre, em nossos corações, como lembranças, recordações agradáveis de um tempo que não volta jamais.

Criado em: 13/12/2009 Autor: Flavyann Di Flaff

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