Há tempos ele
conhecera alguém especial, mas, na ocasião, não a reconhecera como tal. Apenas a
tratara como sendo somente uma pessoa comum, como tantas que já
conhecera.
As conversas
fluíram e o encontro fora inevitável e com leves ardis a conquistou em um
passeio à beira-mar, no qual beijos e abraços foram trocados, e ao se despedirem, ela
pensou em um novo passeio, enquanto ele ficou insatisfeito por um simples detalhe, que não deixou transparecer naquele momento.
Dias passaram
e ele não deu sinal nenhum de reciprocidade àquele pensamento dela. Um telefonema sequer deu, atitude que a fizera se
amargurar, pois nunca sofreu tal indiferença dos que eram seus. Em um breve
desabafo selou o fim daquilo que mal começou e, assim, desprezou-o por
recíproca.
O tempo
passara, e ele sempre lembrava daquela atitude, que, agora, melhor revista, fez-lhe vê o quanto fora insensível, preconceituoso e infantil. Sabendo que não
mais poderia mudar o acontecido, restava-lhe, apenas, suportar esse sentimento de
culpa, que, hoje, tanto lhe incomoda.
A vida seguiu
e o tempo fluiu, logo conheceu alguém que lhe parecia transmitir
sinceridade nas palavras por ele lidas. Deixava transparecer um encantamento
que logo o empolgou, apesar de ainda receoso.
As conversas carregadas de formalidades foram sendo substituídas por diretas exclamações de
interesse “sincero” dela para com ele, que relutava, devido ao persistente
receio. Mas, intimamente, sentia-se tentado por tão eloquente sedução!
Então, decidiu encontrá-la e pôde sentir o que, outrora,
causara a alguém.
No transcorrer
dos dias, ainda ressentido pelo desdém que sofrera daquela que se mostrara
encantadora, refletiu e reconheceu que sofrera a ação de um anjo, que viera em
forma daquela bela morena, unicamente, para vingar uma alma que no passado, muito fizera sofrer. Restando-lhe, apenas, como opção, aceitar as consequências
daquele seu insensato ato.
Criado em: 06/03/2009 Autor: Flavyann Di Flaff
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