Neste vasto campo existencial, nada florido, já que tudo
é fruto de muito sofrer e labutar. Encontro, por mero acaso, uma flor, uma bela flor de Liz. Dela parece emanar um enorme gosto pela vida, a
ponto de fazê-la explodir em desejos distintos a vivenciá-los paulatinamente, verdadeiros projetos de vida.
Branca por natureza, ela cultiva uma paixão extrema e
incomum pelo sol, tanto que fez de sua pele um outdoor perfeito para
expressar tal afeto.
Eterna menina, do rio veio a inspiração natural de
sempre querer correr para o mar! Se fosse minha conterrânea arretada,
fatalmente, receberia oferendas, confundida, com certeza, com a entidade
das águas. Caso fosse proveniente de Atenas, diriam ser descendente de
Poseidon.
Ah, esse seu gosto incontido pelo mar! É uma presença
tão forte, que, quando você fala, como se fosse o canto de uma
sereia, parece convidar-nos a conhecer profundamente o seu habitat. Se uma verdade mítica
se reflete nesse seu olhar, com certeza, muitos foram os que naufragaram nesse
mar de encantamento, sem nunca terem sequer, vislumbrado o seu porto, chamado
coração.
Seu presente ar de independência e o dom de instruir
são aspectos inerentes ao seu ser, mas até para quem possui uma alma tão
libertária, a ideia de um dia se deixar “prender” por um sentimento recíproco a
alguém, parece ser aceitável e, em certos momentos, um bem necessário. Assim,
a menina do rio, que, por alguns motivos bobos se tornava chorona, não se
transformará mais em chuva, uma vez que desprezara tal coisa em favor de um motivo
bem especial, ela agora decidira vir a amar.
Criado em: 02/03/2009 Autor: Flavyann
Di Flaff
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