Pular para o conteúdo principal

DRIBLANDO A INSEGURANÇA

Quando ela olhou para o celular, pensou em ligar para alguém, entretanto, nesse mesmo instante, uma repentina insegurança a invadiu. Questionamentos a fizeram hesitar, alguns do tipo: O que irei falar, quando ele atender? Como será a reação dele? Será que não estarei sendo avançada demais? Ai, eu ligo ou não ligo? Assim, ela decide ir contra a sua vontade primeira.
O tempo passou, mas aquela vontade não satisfeita ficara martelando em sua mente, como pulga a incomodar um cão. Não dava para fingir, que um desejo de querer ouvir a voz daquele ainda a pouco conhecido, a consumia. Ah, essa bendita coragem, onde ela foi se esconder agora? Perguntava-se sempre, durante esses instantes de pura impotência.
O desejo não arrefecia com o passar das horas, sem ver outra saída, ensaiou, inúmeras vezes, uma mensagem para enviar. Escrevia, lia e apagava, repetidas vezes, como se não a achasse boa o suficiente para ser enviada. Na verdade, o que revelava com essas atitudes recorrentes, era a sua incontrolável insegurança. Até que, sem hesitar, escreveu uma mensagem e a enviou, para, em seguida, dar aquele sorriso de puro alívio. Sei que estão a se perguntar o que tanto ela conseguiu escrever, já que vacilou em todas as outras tentativas. Então, saciarei a curiosidade de vocês, eis aqui a mensagem: “Meu fone é..., me liga!”, não poderia ser diferente, não é. (risos)

Criado em 08/09/2009 Autor: Flavyann Di Flaff

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

ANDAR NA LINHA

  Quem se disfarçar por entrelinhas, um dia, o trem pegará!   Flavyann Di Flaff      03/10/2020

ILUSIONISTA DO AMOR

  O amante é um ilusionista que coloca a atenção do outro no ponto menos interessante, levando o ser amado a se encantar com o desinteressante. Quando o amante se vai, o amado age como um apostador, que, diante da iminência da perda, se desespera e tenta recuperar o que já foi. Mas, ao invés de encontrar o amor perdido, encontra apenas o reflexo de sua própria carência, como quem busca ouro em espelhos quebrados. Restando, então, ao amado, o desafio de enfrentar o vazio, reconhecer a ilusão e descobrir, enfim, que o verdadeiro amor começa, quando cessa a necessidade de iludir ou de ser iludido. Criado em : 14/11/2024 Autor : Flavyann Di Flaff

MUNDO SENSÍVEL

  E toda vez que eu via, ouvia, sorria, sorvia, sentia que vivia. Então, veio um sopro e a chama apagou.   Criado em : 17/01/2025 Autor : Flavyann Di Flaff