Loba mulata, morena faceira, sempre astuta na caçada
para alimentar a sua matilha ou/e saciar apenas o seu cio de fêmea, inflando
seu ego.
De longe se vê seu vulto esbelto, com jeito de
bichinho abandonado, carente de cuidados. Mas quem a acolhe, convivendo por
alguns momentos, logo descobre, que esse ar de abandono e essa carência aparentes, não passam de sutis ardis para atrair o primeiro incauto que se
sensibilize. Depois de atraído e enleado em sua trama, o seu jeito de cruel predadora aparece, devorando sentimentos, apossando-se dos despojos, sem jamais se importar com as consequências, que,
pensa ela, só as suas vitimas sofrerão.
Como pode um ser de fala macia e jeito cativante se
transformar em tão inescrupulosa criatura? É certo de que todos possuem problemas e
que devem, de alguma forma, resolvê-los, mas usá-los como pretexto para
justificar tais atitudes é, no mínimo, assumir a sua total incapacidade e
incompetência em resolvê-los da forma mais adequada possível.
Quando se fixa o olhar no dela, logo se vê a presença de uma
sombra, sinal de medo ou de uma dependência conveniente de alguém
para sobreviver! Decifrada a trama, descobre-se que se trata da onipresença do
ex-chefe da prole, ainda exercendo, de maneira constante e efetiva, o total
controle das atividades. Tudo isso, com certeza, por conivência, conveniência
ou por desânimo de não ter conseguido dar a volta por cima e assumir o papel de
provedora dos seus dependentes.
Segue a loba a caçar, omitindo e criando algumas (in)verdades,
fingindo uma fragilidade contraditória ao que suporta, para poder se manter. Uma vez que aceita, passivamente, uma submissão a quem não mais, assim ela revela, faz parte
de sua vida.
Dentre muitos, de suas garras, também não escapei
ileso, pois elas deixaram marcas que, até hoje, fazem-me lembrar de mais um
aprendizado em minha existência.
Criado em: 13/09/2009 Autor: Flavyann
Di Flaff
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