Enquanto ele e seus familiares contavam ansiosos os
segundos que restavam para o término do ano. Para, em seguida, celebrarem, com
fartura, o ano que logo começaria. Noutro canto qualquer da cidade, alguém
solitário olhava o relógio com indiferença e desencanto, para, logo em seguida,
deitar-se e adormecer.
Em segundos, estes, que outros contavam com
euforia, pessoas viram o fruto do seu trabalho de um ano inteiro, ir,
literalmente, por água abaixo, devido a uma enchente que os surpreendera.
Distante dali, mas no mesmo instante, alguém que também tinha sonhos e desejos
para esse ano que chegava, morria atropelado, assassinado ou de um mal
inesperado qualquer, em uma enfermaria de um hospital. Assim, finda-se mais um ano, e o que pensávamos ser singular, faz-se plural! Percebemos, sem querer, que, como somos muitos, porém distintos por natureza, o ano também se difere, tendo
não um, porém inúmeros fins.
Criado em: 31/12/2009 Autor: Flavyann
Di Flaff
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