Um dia sentiu a imensa necessidade de voar! Partir
intrépido rumo ao ainda desconhecido, pois já conhecera, em parte, só de ouvir
falar. Mas como alçar tão audacioso voo, se lhe faltava o essencial, as asas. Não as mesmas que fazem parte do ser pássaro, porém asas imateriais, as quais muitos humanos almejam e se fazem necessárias para levá-los com
rapidez e segurança para o destino almejado.
Alguém surgira inesperadamente e, como um enviado
divino, dera-lhe o que tanto desejava. Presenteando-lhe de forma sutil, tanto que só
se dera conta, quando já estava a experimentá-las em um breve planar. Não se
continha de tanta felicidade e logo começara a ensaiar voos mais altos, esquecendo-se
de um velho ditado.
Com suas conversas sobre ideias e ações ousadas, aquele alguém o incentivava mais e mais a antecipar a partida de sua intrépida jornada, já que não planejara adequadamente os detalhes. Todavia, já vislumbrava e vivenciava tudo aquilo que só existia em seus sonhos recentes. Então, em um belo dia, já decidido, partiu! De início, seu voo
o fez conhecer totalmente o que só tinha ouvido falar e também fazendo-o experimentar sensações e pensamentos, que, outrora, só imaginava vivenciar. Mas
foi só isso! Como se fosse Ícaro, começou a perceber que as asas dadas,
não eram fortes o suficiente para voos longos, porém, para um único e breve, assim, viu tudo que sonhara desabar em segundos. Nesse
momento, ninguém se fazia presente, quem esteve, já tinha partido sem explicação
nenhuma. Deixando-lhe entregue à decepção, totalmente confuso, a ponto de não
saber qual rumo tomar.
Criado em: 10/02/2008 Autor: Flavyann
Di Flaff
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