O ser humano tem o hábito quase que instintivo de
comparar, julgar e condenar os seus! Na maioria das vezes, esquece que ele
mesmo pode e também é passivo de ser vítima dessa mesma medida.
Quando afirmamos que somos seres tão distintos,
parecemos ainda mais iguais, de tão contraditórios que somos! Quase
sempre, pregamos o que não fazemos e fazemos o que não pregamos. Não quero aqui, com isso, fazer o mea culpa universal,
nem tão pouco, incitar a uma perfeição que nunca alcançaremos. Melhor seria se pudéssemos ter sempre o bom-senso, quando exercêssemos a ambiguidade, que é tão natural e inerente em nossa espécie. Se quando errássemos, aprendêssemos a
acertar em seguida. Se quando fracassássemos, aprendêssemos a dar o devido valor à
vitória, em vez de desdenhar dos que são derrotados ou de ficarmos murmurando,
sem reação nenhuma. Se quando fossemos bons, nenhum interesse estivesse por trás,
tornando essa atitude verdadeira. Se quando fossemos maus, agindo sob
o efeito do revide emocional, pudéssemos, quando serenados os ânimos, refletir e não mais
agir, instintivamente, mas de forma racional. Enfim, que pudéssemos ser sempre
como uma onda, que, para cada ação, tem uma postura que induz a
um movimento contraditório a que fora executado, harmonizando, com
isso, a sua existência.
Criado: 23/03/2010 Autor: Flavyann Di Flaff
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