Pular para o conteúdo principal

COMO UMA ONDA

O ser humano tem o hábito quase que instintivo de comparar, julgar e condenar os seus! Na maioria das vezes, esquece que ele mesmo pode e também é passivo de ser vítima dessa mesma medida.
Quando afirmamos que somos seres tão distintos, parecemos ainda mais iguais, de tão contraditórios que somos! Quase sempre, pregamos o que não fazemos e fazemos o que não pregamos. Não quero aqui, com isso, fazer o mea culpa universal, nem tão pouco, incitar a uma perfeição que nunca alcançaremos. Melhor seria se pudéssemos ter sempre o bom-senso, quando exercêssemos a ambiguidade, que é tão natural e inerente em nossa espécie. Se quando errássemos, aprendêssemos a acertar em seguida. Se quando fracassássemos, aprendêssemos a dar o devido valor à vitória, em vez de desdenhar dos que são derrotados ou de ficarmos murmurando, sem reação nenhuma. Se quando fossemos bons, nenhum interesse estivesse por trás, tornando essa atitude verdadeira. Se quando fossemos maus, agindo sob o efeito do revide emocional, pudéssemos, quando serenados os ânimos, refletir e não mais agir, instintivamente, mas de forma racional. Enfim, que pudéssemos ser sempre como uma onda, que, para cada ação, tem uma postura que induz a um movimento contraditório a que fora executado, harmonizando, com isso, a sua existência.

Criado: 23/03/2010 Autor: Flavyann Di Flaff

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

DAS BASES

  Como em um círculo vicioso, neste país, em todo sufrágio, percebemos, de forma descarada, a atuante presença do mirífico corporativismo das necessidades individuais. Elas subjugam, subvertem e relegam a utilidade coletiva das instituições a meros vínculos empregatícios, como nos tempos de outrora. Criado em : 06/10/2019 Autor : Flavyann Di Flaff

TOLICE

  Um dia, customizaram Deus, e conhecemos uma divindade submissa aos muitos e distintos caprichos de cada um dos seres humanos. Em seguida, customizaram a razão, e criaram o que não existia em seus pressupostos: a unanimidade. Então, ao defini-la, Nelson Rodrigues bem traduziu toda essa adaptação.   Criado em : 24/06/2021 Autor: Flavyann Di Flaff

O MUNDO PERFEITO

  O mundo tá em franca decadência! Tem religioso, celerado enrustido, prescrevendo penitência a quem se confessa invertido.   Tem conservador progressista e progressista conservador. Corolário de um teatro congressista pra engabelar o incauto eleitor.   Segue o bonde sem freio desse mundo ilusório. O que é determinado pelo meio é certamente provisório.   Vende o pão assado no forno, que há pouco ardia, o cidadão, pelo capitalismo, alienado, pra obter o seu pão de cada dia.   O mundo tá perdido! Tem legalista contraventor e contraventor legalista. Assim, o cidadão é iludido até onde alcança a vista.   Esse é o mundo perfeito para qualquer salvador que pretende ser eleito. Um mundo repleto de discursos “olho por olho, dente por dente”, que atendem a externos impulsos por uma igualdade aparente.   Criado em : 05/02/2024 Autor : Flavyann Di Flaff