Pular para o conteúdo principal

LIBERANDO A NAU E NAVEGANDO COM FÉ


Solta o cabo da nau, toma o remo nas mãos e navega com fé em Jesus...”.

Quantas vezes, pus-me dentro da nau e sentado me imaginei navegando por este imenso e imprevisível mar da vida. Sempre vencendo as tempestades, que, de forma intermitente, sempre surgem para nos fazer desesperar e desistir dos nossos frágeis ideais.
Passava horas imaginando diversas e distintas situações! Como se fosse um exímio lobo-do-mar ia e vinha dessas viagens, sempre vitorioso. Mas tudo isso era apenas reflexo do imenso desejo de vencer na vida, que em mim existia, já que a realidade na qual vivia, era bem diferente.
Apesar de constantemente imaginar tais feitos, nunca tivera a coragem necessária para soltar o cabo da nau e, verdadeiramente, navegar mar da vida a dentro. Fantasiava tudo, sempre com a nau presa ao cais — porto seguro de uma vida tranquila e insossa —, sem correr o menor risco de debandar mar a dentro para enfrentar as intempéries de uma imprevisível jornada.
Quando um dia ouvi certo hino, me senti como um grande covarde diante da vida, por jamais ter a coragem vital para encará-la de frente! Sempre fugi ou adiei o confronto, como se assim eu conseguisse uma vida sossegada. Engano meu, pois a minha consciência sempre dava um jeito de me cobrar uma atitude ativa. Neste momento, só me questionava na vã tentativa de buscar respostas que me fizessem reagir.
Depois de anos de questionamentos do tipo: será que ainda resta tempo para lutar por mudanças? Será que encontrarei a coragem que necessito para enfrentar a realidade? É que decidi parar de imaginar o navegar seguro da nau presa e liberar o cabo, tomar o remo nas mãos e traçar um rumo a seguir, cheio de fé na vitória, que, certamente, depois da árdua jornada, me aguarda.

Criado em: 02/08/2011 Autor: Flavyann Di Flaff

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

DAS BASES

  Como em um círculo vicioso, neste país, em todo sufrágio, percebemos, de forma descarada, a atuante presença do mirífico corporativismo das necessidades individuais. Elas subjugam, subvertem e relegam a utilidade coletiva das instituições a meros vínculos empregatícios, como nos tempos de outrora. Criado em : 06/10/2019 Autor : Flavyann Di Flaff

TOLICE

  Um dia, customizaram Deus, e conhecemos uma divindade submissa aos muitos e distintos caprichos de cada um dos seres humanos. Em seguida, customizaram a razão, e criaram o que não existia em seus pressupostos: a unanimidade. Então, ao defini-la, Nelson Rodrigues bem traduziu toda essa adaptação.   Criado em : 24/06/2021 Autor: Flavyann Di Flaff

O MUNDO PERFEITO

  O mundo tá em franca decadência! Tem religioso, celerado enrustido, prescrevendo penitência a quem se confessa invertido.   Tem conservador progressista e progressista conservador. Corolário de um teatro congressista pra engabelar o incauto eleitor.   Segue o bonde sem freio desse mundo ilusório. O que é determinado pelo meio é certamente provisório.   Vende o pão assado no forno, que há pouco ardia, o cidadão, pelo capitalismo, alienado, pra obter o seu pão de cada dia.   O mundo tá perdido! Tem legalista contraventor e contraventor legalista. Assim, o cidadão é iludido até onde alcança a vista.   Esse é o mundo perfeito para qualquer salvador que pretende ser eleito. Um mundo repleto de discursos “olho por olho, dente por dente”, que atendem a externos impulsos por uma igualdade aparente.   Criado em : 05/02/2024 Autor : Flavyann Di Flaff