Ficamos íntimos por acaso! Fomos, paulatinamente, identificando-nos virtualmente, já que não nos conhecíamos. Você, na ansiedade
típica de mulher, tentava através de pensamento e de sonhos, decifrar-me e como criança eu, que, com a mais nova e simples coisa, logo se encanta, deslumbrado fiquei com aquele mundinho que fluía e em mais nada pensava.
O tempo passava lépido, mesmo com a aparente
distância, estávamos sempre juntos, conversando, apesar da inexistência de palavras. Sem lhe vê, podia sentir seu medo, sua angústia, tristeza, revolta e até o seu prazer, quando sorria. Como também, parecia pressentir o que eu
sentia.
Quando perguntavam por mim, não conseguia se conter, transbordando de satisfação e contentamento. Tanto que, quando me viu pela
primeira vez em uma imagem disforme, seu coração parecia querer saltar peito
afora, tamanha era a felicidade, não só em me vê, mas, também, por ter tido a
certeza da minha existência e do meu bem-estar.
Não tinha mais como adiar e o nosso encontro, já era
inevitável! Então, tudo fora preparado e marcado, sem esquecer nenhum detalhe.
Podia sentir que estava mais ansiosa que de costume, pois algo novo me tomava
em forma de uma sensação, nunca antes sentida, deixando-me receoso. Porém, tudo
fora tão rápido, que, quando me dei conta, já estávamos a nos olhar, como se já
nos conhecêssemos há tempos. Nesse instante, fiz carinha de choro e chorei,
desesperadamente. Logo me levou ao peito e me abraçou, sussurrando ao meu
ouvido, que, a partir daquele momento, seríamos um só, sempre unidos por um
sentimento forte, chamado amor incondicional e inabalável, expressado na união
entre mãe e filho. Então, relaxei e adormeci, tendo a certeza de que esse
sonho, apenas começara.
Criado em: 06/03/2010 Autor: Flavyann
Di Flaff
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