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RUMO À VITÓRIA

Quando virás, para depois partires em busca da realização do teu sonho? Ando desejando esta tua breve chegada, como os cajueiros anseiam pelas chuvas passageiras, que, apesar de intermitentes, os fazem explodir em flores e frutos nesse fugaz encontro.
Quero que venhas e, estando perto, quero ser mais que recíproco na alegria desse reencontro saudosista. Quero olhar nos teus olhos cor de amêndoa, o brilho do prazer satisfeito. Quero poder sentir na tua alma, um pouco dessa ansiedade de quem está prestes a realizar um sonho e te dizer que isso é normal, pois o novo sempre causa expectativa e receio.
Nessa rápida vinda, far-te-ei sabedora de que a tua presença, mesmo sendo transitória em minha vivência, liberta-me, momentaneamente, da prisão dessa rotina, mesmice que anda a minha vida, fazendo-me experimentar agradáveis sensações.
Ao estar contigo, não quero só o que é inerente à natureza humana. Quero, também, contemplar cada palmo dessa caixinha de pandora, que é o teu ser, mas que, nem por isso, causa-me espanto algum, porque nada me faria desistir de tê-la por mais esse momento.
Por fim, quando estiveres de forma breve aqui, quero que saibas do imenso prazer que a tua companhia me proporciona e do quanto gosto desse teu jeito de mulher-menina travessa. Antes de ires rumo à tua nova e grandiosa conquista, desejo, de coração, que tenhas toda a sorte do mundo. Pois, assim que o tempo fluir lépido na ampulheta, eu vou querer ouvir sobre os louros da tua vitória.

Criado em: 25/11/2008 Autor: Flavyann Di Flaff

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