Quando estava prestes a passar por mais um deserto,
fora visitado por um ser belo, de voz cândida e jeito angelical! Essa presença
o fez serenar, tanto que chegou a esquecer das agruras que passaria.
A noite parecia eterna, como longo parecia o desfrutar
daquela presença sob o olhar em uma janela aberta à paisagem urbana de onde
residia. Mas como nada é para sempre, chegou a hora de ela partir. O cerimonial que antecede a despedida parecia não
querer findar, e após essa extasiante e quase infinita passagem, fora-se em sua
carruagem branca e alada, para, quem sabe, um dia, voltar. Quando se foi, deixou uma fresca, perene e motivadora
saudade, capaz de fazê-lo superar, sem traumas, a temporada insólita que estava
por vir. Uma motivação que só poderia ser abalada pela iminente sombra da
incerteza de um grato reencontro.
Criado em: 08/04/2010 Autor: Flavyann
Di Flaff
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