Certo dia, cismou em querer pertencer a alguém! Tão logo
isso se fez forte, saiu em busca de quem bem o quisesse. Não pensava que a
oferta estava maior do que a procura, mesmo assim, não se dei por vencido.
O tempo passava e quando pensou em perder a esperança,
eis que surge alguém. Silhueta interessante, distribuía palavras que
aparentavam conter verdade, com isso, logo se encantou. Tenso pela ansiedade
que a busca lhe causara, em um impulso, adiantou-se ao que parecia ser óbvio para uma
conquista e marcou um encontro mais intimista.
Como combinado, fizeram-se reais um diante do outro
e, de chofre, ela parecia confirmar tudo aquilo que viu e ouviu. Então, foi falando, falando
e ela ouvindo, meio desinteressada. Quando se fez mais atento, notou que os olhos dela procuravam algo, com certeza, devia se tratar de coisas alheias a seus
conceitos e modelos pessoais. De início, isso muito lhe chateou, pois tais
noções só servem para distinguir objetos e não pessoas, assim ele pensava. Porque defeitos todos possuem, porém, para sabê-los e julgá-los, devemos,
primeiramente, conhecer e, depois, conviver com as pessoas. Se não for
assim, tudo não passará de mera especulação de uma primeira e falsa impressão.
Diante do fato ocorrido, foi entender o porquê da efemeridade atual das
relações. Percebeu que isso decorre do fato de as pessoas, hoje em dia, quando pensam em procurar
uma companhia para si, a buscam apenas pela aparência e não pelo contexto
geral, sinalizando, com isso, que o que sentem, é algo breve, como breve e
efêmera é a aparência humana.
Criado em: 10/05/2009 Autor: Flavyann
Di Flaff
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