Devagar foi se chegando, de estranha, fez-se companheira. Seu jeito de se portar, um misto de santa e mundana, logo o cativou. Seu olhar, sutilmente ao chão, não denota humilhação,
mas sim, uma veneração àquele que a ama. Quando o fecha ao ser beijada, dá-nos a impressão de que assim até a sua alma está sendo tocada. Os ouvidos parecem ser acariciados, quando a sua voz é
sussurrada, para, em seguida, o coração acelerar, sem mais nada ela fazer.
Sua presença parece porção mágica, tanto enfeitiça,
como embriaga. Dela se tem muita sede, que logo queremos saciar. Depois de cair
nessa perfeita rede de artifícios amorosos, não tem mais como escapar. Tudo isso
acontece, meio sem vontade, interesse ou planejamento prévio. Mas esse sem querer, parte sempre de quem cede
a tais caprichos e quando, enfim, conseguimos ter do ocorrido a devida noção,
já é tarde, pois caímos no jogo da sedução!
Criado em: 22/04/2010
Autor: Flavyann Di Flaff
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