Ele que tanto sonhou em amar de uma forma intensa,
recíproca, igual a que vira em tantos filmes românticos, mesmo naqueles em que o
final não era condizente com tanta troca de sentimentos, viu-se hesitando
diante da iminência de se apaixonar de verdade! É que descobrira que junto com
a paixão, vem também a angústia da espera, seja por uma reciprocidade que nem
sempre vem, seja para poder estar de novo com o outro ou por tantas outras
coisinhas, que para os que não estão enamorados são insignificantes. Nos
filmes nunca vira tal fato, implícito ou explícito, no enredo, apenas as coisas
boas que tanto emocionam positivamente eram sempre evidenciadas.
Vivendo uma relação no presente que lhe é prazerosamente agradável, sente o coração balançar cada vez que ouve falar de
ou se encontra com seu bem-querer. Toda vez que está ao lado dele, tem o
desejo de expressar de todas as formas o que sente, mas sempre é vencido pelo
receio. Sabe que para a relação evoluir tem que se dar de corpo e alma, não só por um momento, porém, tem que ser durante todo o envolvimento.
Ciente de que tudo tem seu ônus, mesmo as coisas boas,
terá que aceitar que a paixão fascina, excita, atrai, todavia, também nos torna
vulneráveis e, em certas ocasiões, muito frágeis, totalmente dependentes da
presença do outro. Por isso terá que vencer o receio e se arriscar, já que
tudo nesta vida é uma eterna ambiguidade a se alternar ao longo do seu passar, entretanto, enquanto isso não ocorre, vai fortalecendo os laços com boas doses de
gestos ternos, desfrutando, assim, os momentos a dois.
Criado em: 11/05/2010 Autor: Flavyann
Di Flaff
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