Ao
ver a janela aberta, minha imaginação voa e escapa por ela! Levando-me consigo,
até aonde a liberdade lhe permitir.
O
voo é errante e logo a ansiedade me faz companhia! A imaginação nada revela,
apenas segue a viajar. Sem se abalar com meus questionamentos pueris, ela ruma
firme e sigo junto, passageiro eventual que sou. Quem logo me vê, pensa que
comando, piloto essa nave. Entretanto, quem o olhar mais atento tiver, verá dissipar-se
tal impressão.
Angustio-me
com a incerteza de uma chegada e isso me faz renovar os questionamentos. Para
onde ela me levará? Quando chegaremos? Chegando, ela permanecerá comigo ou serei
abandonado? Aquela que tudo fantasia, continua sem nada responder!
Certo
de que dei apenas um cochilo, porém, quando me dei conta, a viagem findara em um
verde e vasto vale. Onde existe um imponente monte e, em sua base, um templo de
tamanha simplicidade interior, que aos olhos dos que por ali passam, se
apresenta suntuoso. Então, aguçado pela curiosidade, adentro naquela atmosfera
mística, e em reverência ao ambiente e aos abnegados monges que ali habitam, me
ajoelho e, naturalmente, começo também a proferir aquele mantra sagrado. A
névoa que preenche o templo provém de um incensário do qual emanam diversos e
distintos aromas que perfumam e também inebriam. Isso fez com que a imaginação,
novamente, se motivasse e retomasse o seu viajar. Um retorno à origem, que a
tudo isso motivou — rumo mais que conhecido por mim —, por isso, agora mais
leve e tranquilo, de novo, retomo com ela, o viajar.
De repente, uma rajada de vento sopra do nada e se ouve um forte estrondo, me fazendo despertar atordoado. Fora a janela que antes estava aberta e que, naquele instante, fora fechada de pronto! Trazendo-me, abruptamente, à realidade, fechando a “porta” e colocando a imaginação de volta à sua caixa craniana.
Criado
em: 14/04/2011
Autor: Flavyann Di Flaff
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