Minha paixão é única, não porque assim a
elegi, porém desse modo se tornou, por seus próprios méritos, que lhes são bem
peculiares, raros de serem encontrados e, mais ainda, de vê-los em plena
execução por alguém nos dias de hoje. Tanto que, até é possível encontrá-los
noutras paixões, entretanto o feitio deles, jamais será igual ao desta atual
paixão.
É possível enunciar alguns, mesmo que as
palavras não sejam, suficientemente, exatas para expressar a infinidade de
detalhes que tornam a minha paixão como única. Começarei tentando descrever,
comparativamente, o jeito que ela fica, quando cisma que pode perder o posto
que naturalmente conquistou. Digamos que fica toda arrepiada, como gato que
pressente a chegada de um cão. Essa reação é bem particular e me divirto ao ter
que dar explicações para meras suposições, sinal claro de
insegurança, pois o que seria da paixão ou do amor, se ao senti-los, não
fôssemos tirados da falsa e egoísta segurança de que estamos bem, quando
estamos sós. Tem mesmo é que nos deixar em uma corda bamba, aumentando
diariamente a adrenalina de convivermos constantemente com a incerteza de que
somos correspondidos. Enfim, é como se quando escolhemos nos apaixonar,
optássemos por ficarmos sem chão, e é isso que faz com que nos sintamos
realmente vivos, aptos para nos relacionarmos.
Vou falar só de mais uma característica
bem particular da minha paixão: a efervescente imaginação que possui e
que a faz criar projeções de situações, às vezes, insignificantes e superáveis,
mas que devido a essa imaginação, toma gigantescas proporções e alimentam uma
ansiedade angustiante que só ela tem. Levando-me a estar sempre preparado para
acalmá-la e confortá-la.
Nesse pouco tempo de convivência,
percebi que não existem receitas para se viver uma paixão! Apenas temos que
vivê-la cotidianamente com muita entrega e fervor, sem jamais permitir que ela
esmoreça, devido a atitudes mesquinhas e intolerantes. E sem nunca pensar em
prazo de validade, porque isso só é determinado pela forma como administramos
essa paixão.
Criado
em:
03/06/2011 Autor: Flavyann Di Flaff
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