Saudade do namoro no portão, do encontro furtivo a dois no banco da praça. Do colo e do cafuné, do abraço apertado envolvendo e sendo envolvido por outro. Da fala sussurrada ao pé do ouvido, provocando arrepios mútuos; do olho no olho repleto de cumplicidade no ato delituoso de estar feliz; do caminhar de mãos dadas, ligadas por um sentimento recíproco. Do beijo à francesa, do selinho na boca e do beijinho molhado na nuca, dado de modo lento ou frenético; das lambidas lânguidas a marcar os territórios infindos do prazer. Das mãos se aventurando em curvas e relevos perigosos com o receio de derrapar e, ao mesmo tempo, querendo cometer o deslize. Da conversa fiada a fim de manter acordada a nossa gostosa interação, despertando, também, com tudo isso, a inveja do desejo que, por pirraça, fica a nos convocar, provocando, incendiando em nós a vontade urgente de consumá-lo. Como duas crianças que, ao ouvir o chamado, respondem com um “já vamos!”, “estamos indo!”, vamos enrolando-o, só por mais um tempinho, até irmos atendê-lo com amor.
Criado em: 11/06/2020 Autor: Flavyann
Di Flaff
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