Estando o desvalido à beira da estrada da vida, refugiou-se, do sol inclemente da indiferença social, à sombra fresca de uma espécie da natureza humana. Sentado, perdeu-se nos acalantos das horas vãs, e, assim, sem a devida noção do tempo e do seu inadequado existir, distraiu-se, jogando pedras ao léu. Alguém que por ali passasse, certamente, pararia e observaria a prosaica cena o tempo necessário para pensar no desperdício que era aquele momento. Entretanto, naquele aparente desleixo, algo natural para um marginalizado, havia um fio de esperança no qual as pedras atiradas ao léu se convertiam em moedas atiradas à Fontana Di Trevi, repletas de fervorosos pedidos de ressurreição.
Criado em: 20/05/2020 Autor:
Flavyann Di Flaff
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