Quando cai a noite,
surge
a dama enigmática,
resplandecente.
Por
entre as nuvens
é
reconhecida amiga fiel,
as
quais revela os seus
mais
íntimos segredos.
Com
seu vestido cor de prata
sai
a encantar por onde passa,
chamando
a atenção
dos
olhos cristalinos do desejo.
Sacia
a todos, sem fazer distinção.
Sedição
do cosmos.
No
leito do regato,
regateia
afagos mil.
Do
rio, perene,
temporário
ou intermitente,
recebe
o necessário
para
fazer da noite uma festa.
Do
mar, não escuta
as
mágoas acerca do oceano,
mas
tira proveito de ambos,
deitando-se
em suas águas
como
se deita em uma rede,
e se balança assanhada
nas
ondas do oceano e do mar.
Do
lago, desfruta da companhia tranquila,
para,
assim, refletir melhor.
Das
poças − filhas extraviadas da chuva passageira −
faz
só provocação, brincadeira entre meninas vaidosas.
Ao
menor sinal do arrebol,
a
dama parte, lépida e fagueira,
rumo
à sua morada celeste.
Criado
em:
25/05/2020 Autor: Flavyann Di Flaff
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