A tomada de consciência só acontece quando estamos em estado de relaxamento, senão, inseridos e dominados pela hiperatividade dos anseios impostos por esta sociedade, apenas nos tornaremos seres em estado de alerta. A vida moderna, em hipótese alguma, permite-nos um segundo de inércia. Ela nos impõe um regime contínuo de excitação mental, seja por meio de pressões sociais, seja por meio de distrações, o que nos leva a sempre buscar mais e mais, de forma incansável, causando frustrações constantes em quaisquer níveis dessa vida. Ambos os meios já foram naturalizados e internalizados por cada um de nós, tanto que já se tornaram corriqueiros em nossa existência terrena. Tudo isso é algo proposital, feito para a nossa fácil domesticação, alienação por parte daqueles que regem este mundo material. A não tomada de consciência de si e o excesso de importância dado à identidade física limitada – o “eu” –, gera esta consequência: a autodestruição. Então, é a imposição por vivermos, cada vez mais, em uma sociedade veloz, que não nos permite o despertar para a consciência de si. Mas, autoriza-nos a regredir a uma condição de animais que vivem em um eterno estado de alerta mental, sempre ansiosos, tensos pela manutenção da sobrevivência, dia a dia. Gerando, com isso, uma célere regressão no processo de evolução da espécie humana, que tem o poder de determinar o ritmo da sua própria evolução, porém permite que uns poucos usurpem esse controle e o façam seguir rumo inverso.
Criado em: 31/12/2020 Autor:
Flavyann Di Flaff
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