Pular para o conteúdo principal

O DESPERTAR DE SI

                              

A tomada de consciência só acontece quando estamos em estado de relaxamento, senão, inseridos e dominados pela hiperatividade dos anseios impostos por esta sociedade, apenas nos tornaremos seres em estado de alerta. A vida moderna, em hipótese alguma, permite-nos um segundo de inércia. Ela nos impõe um regime contínuo de excitação mental, seja por meio de pressões sociais, seja por meio de distrações, o que nos leva a sempre buscar mais e mais, de forma incansável, causando frustrações constantes em quaisquer níveis dessa vida. Ambos os meios já foram naturalizados e internalizados por cada um de nós, tanto que já se tornaram corriqueiros em nossa existência terrena. Tudo isso é algo proposital, feito para a nossa fácil domesticação, alienação por parte daqueles que regem este mundo material. A não tomada de consciência de si e o excesso de importância dado à identidade física limitada – o “eu” –, gera esta consequência: a autodestruição. Então, é a imposição por vivermos, cada vez mais, em uma sociedade veloz, que não nos permite o despertar para a consciência de si. Mas, autoriza-nos a regredir a uma condição de animais que vivem em um eterno estado de alerta mental, sempre ansiosos, tensos pela manutenção da sobrevivência, dia a dia. Gerando, com isso, uma célere regressão no processo de evolução da espécie humana, que tem o poder de determinar o ritmo da sua própria evolução, porém permite que uns poucos usurpem esse controle e o façam seguir rumo inverso.

Criado em: 31/12/2020 Autor: Flavyann Di Flaff

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

ANDAR NA LINHA

  Quem se disfarçar por entrelinhas, um dia, o trem pegará!   Flavyann Di Flaff      03/10/2020

ILUSIONISTA DO AMOR

  O amante é um ilusionista que coloca a atenção do outro no ponto menos interessante, levando o ser amado a se encantar com o desinteressante. Quando o amante se vai, o amado age como um apostador, que, diante da iminência da perda, se desespera e tenta recuperar o que já foi. Mas, ao invés de encontrar o amor perdido, encontra apenas o reflexo de sua própria carência, como quem busca ouro em espelhos quebrados. Restando, então, ao amado, o desafio de enfrentar o vazio, reconhecer a ilusão e descobrir, enfim, que o verdadeiro amor começa, quando cessa a necessidade de iludir ou de ser iludido. Criado em : 14/11/2024 Autor : Flavyann Di Flaff

MUNDO SENSÍVEL

  E toda vez que eu via, ouvia, sorria, sorvia, sentia que vivia. Então, veio um sopro e a chama apagou.   Criado em : 17/01/2025 Autor : Flavyann Di Flaff