Seus pais eram de poucas falas e de
silêncios profundos e significativos, demonstravam mais pelo agir do que pelas
palavras. Quanto mais desinteressados demonstravam estar, mais atentos estavam.
A casa limpa e arrumada, os quartos prontos, a provisão constante, a comida
feita na hora, o sermão providente, tudo isso eram alegorias de um amor
incondicional. Hoje, tem plena certeza disso!
Na ausência dos dois, vê quão presentes eles foram em sua vida. Agora, a saudade lhe é a amiga que, através das lembranças revistas, afaga a ferida deixada pela perda de ambos. Assim, a sua vida segue, pois o mundo não para, puxa-o pelo braço tal qual pais desalmados, a fim de usá-lo para conseguir, nas insalubres ruas do existir, o sustento de cada dia.
Criado em: 08/08/2020 Autor:
Flavyann Di Flaff
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