Sentado em frente ao mar observava impassível o transcorrer da tempestade. Quem passava não entendia e o questionava, perguntando: − Por que você apenas observa? Ele, sem alterar o seu semblante, respondia: − A tempestade é do mar, não é minha, não a criei! Todos partiam, sem nada entender! Somente ele e, principalmente, o mar sabiam do que se tratava. O tempo passava quase imperceptível para eles, mas, no seu íntimo, o homem sabia que perdia bem mais que o tempo, pois, naquela altura da vida, a solidão doía mais. Já o mar simulava uma aflição interior, todavia, lá dentro, só imperava confusão de sentimentos, já que, por fora, parecia brincar com aqueles longos momentos de contato contemplativo. Assim, a vida seguia sem rumo certo, amarrada ao que já não era.
Criado em: 20/08/2013 Autor:
Flavyann Di Flaff
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