Mundo estranho de gente esquisita, onde
o aglomerar de pessoas não significa concretamente que não estejam solitárias.
Em uma casa duas almas coabitam, mesmo
assim, continuam a se sentirem sozinhas. Cada uma com seus conflitos
interiores, e apesar dos escassos diálogos, é bem verdade, nunca os revelaram
uma à outra. Guardam, para si, como se fora uma forma de autocondenação.
Solidões que, juntas, nunca se
completam a ponto de se findarem. Pelo contrário, só vivem a se confrontarem,
até chegar a causar uma angústia profunda nos seus possuidores.
Dois templos vazios, devido a
sentimentos, sonhos e esperanças frustradas. Habitáculos grandiosos, agora
propícios à estadia perene da amargura.
O tempo, nesse caso, mesmo passando
lépido, não ajuda a cicatrizar e, muito menos, a amenizar tal fase sofrida.
Apenas faz aumentar a sensação de que esse sofrer será eterno.
Sem deixar rastros de rancores, uma vez que sempre foram feitos esforços para um bom entendimento, buscaram a solução desse impasse existencial em uma eventual partida de ambos rumo àquilo que a muito os seus corações ansiavam, no entanto, nunca tiveram força motivacional para buscá-la. Então, deixando para trás todas as aflições sofridas e com o intuito de recuperar o tempo perdido, decidiram pôr fim a essa desditosa relação.
Criado em: 07/09/2007 Autor: Flavyann
Di Flaff
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